Biologia e Cultura: uma relação dialética

Explorando as Complexas Fronteiras entre Genes e Sociedade

Resumo

O texto aborda a relação entre biologia e cultura ao longo da história, passando de uma ênfase nos fatores genéticos no comportamento humano para uma visão mais equilibrada que considera a interação entre biologia e cultura. Ele explora conceitos da dialética, como o princípio da contradição, aplicando-os à biologia. Além disso, o texto menciona a coevolução entre biologia e cultura, o enfoque genômico da cognição, a relação entre cooperação e conflito, e a genética da linguagem. Conclui ressaltando a importância do enfoque dialético na compreensão das complexas relações entre biologia e cultura, oferecendo insights sobre o passado, presente e futuro da humanidade.

Biologia e Cultura

O primeiro ponto que se pode considerar é como se dá a relação entre biologia e cultura. Essa é uma relação dialética, que sofreu uma evolução curiosa ao longo do tempo. No século XIX e início do século XX, havia um consenso de que os fatores genéticos eram muito importantes no condicionamento do comportamento humano. Depois, devido especialmente a Franz Boas, figura importante da antropologia norte-americana, houve uma mudança dramática. A maioria dos cientistas sociais e outros consideravam o contrário: o comportamento humano não tinha nada a ver com o genético, com a biologia. O que atualmente se verifica é que houve uma mudança quanto a essas duas polaridades, chegando-se a uma ideia de que é preciso criar uma interação entre esses dois conjuntos de elementos e, assim, poder interpretar o comportamento humano.

 

Conceitos

O princípio central da dialética pode ser interpretado, de uma maneira bem superficial, como todos os objetos, fenômenos e conceitos que, colocados em conjunto, interagem. Desde o início supõe-se que eles sejam heterogêneos, e essa heterogeneidade não implica que existam partículas fixas dentro desse conjunto; ao contrário, o conjunto e as partes do conjunto variam dependendo do tipo de fenômeno que estamos considerando.

Existe uma série de pontos que são discutidos quando se considera uma visão panorâmica da dialética. São apresentados, no Quadro 1, alguns de seus princípios.

Quadro 1. Princípios da dialética
Fonte: LEVINS; LEWONTIN, 1985. [1]

 

O princípio da contradição é o princípio básico da dialética. Ele salienta que cada fase de um processo nega e suplanta a anterior, levando-a a um novo nível, mas conservando o que é positivo. O equilíbrio prévio é a tese; a ruptura desse equilíbrio é a antítese (oposição); o restabelecimento desse equilíbrio numa nova base é a síntese, que vai se tornar a tese futura. É lógico que esse é um princípio muito geral e a própria dialética deve ser considerada dialeticamente, bem como seus princípios discutidos.

 

“O que é biologia e o que é cultura? Se quisermos discutir essas relações, temos que ter claro que tipos de fenômenos estamos considerando.”

 

Richard Levins e Richard Lewontin (1985), dois cientistas importantes dos Estados Unidos, autores de livros sobre Biologia Dialética, dizem o seguinte, parafraseando Karl Marx: “Os filósofos dialéticos até agora apenas explicaram a ciência. Mas o problema é mudar a ciência!”. Foi o que o Marx sugeriu com relação à sociedade em geral.

E como nós aplicamos esse conceito à biologia? O Quadro 2 fornece uma lista de dez relações que são claramente dialéticas.

Quadro 2. Relações dialéticas no processo evolucionário
Fonte: SALZANO, 2000. [2]

 

Há toda uma justificativa para todos esses pontos que não vou detalhar. Mas, em relação, por exemplo, à imortalidade e mortalidade, um pesquisador norte-americano salientou que a morte, no conceito da Bíblia, veio da ânsia de saber, enquanto que, em termos de biologia, a mortalidade surge com a multicelularidade, porque os organismos unicelulares praticamente são imortais. A não ser que haja um acidente, eles se replicam de forma contínua. Por exemplo, no momento em que se montou uma estrutura de combinação de células para dar como resultado a nós é que surgiu a separação entre o tecido germinativo e o somático. Essas células sexuais são, também, em si, imortais, enquanto a área somática do corpo é mortal.

O que é biologia e o que é cultura? Se quisermos discutir essas relações, temos que ter claro que tipos de fenômenos estamos considerando. A biologia é a ciência da vida, ou o ramo do conhecimento que trata dos organismos vivos. “Organismo”, aqui, é um conceito chave. A vida é descontínua. Teoricamente, poderíamos pensar que, no momento em que surgiu a vida no universo, ela pôde se constituir em apenas uma camada imensa que recobriria todo o planeta, sem descontinuidade. Mas não, ela surge e se desenvolve através de unidades específicas que são, então, as espécies de organismos vivos. E, quanto à cultura, há toda uma discussão: dizem que há tantas definições de cultura quanto o número de antropólogos. Cada um tem a sua definição. Mas, para a comparação que estou querendo fazer, da coevolução entre biologia e cultura, nós podemos conceituar a cultura como a informação que é capaz de afetar o comportamento individual e que é adquirida através de outros indivíduos da comunidade pela aprendizagem, imitação e outras formas de conhecimento social.

Um grande número de pesquisadores procura investigar esses fenômenos através de bases matemáticas ou estatísticas aprofundadas, sofisticadas. E o Quadro 3 fornece um conjunto de modelos em que essa inter-relação foi investigada de maneira apropriada, específica, demonstrando que realmente há uma interação.

Quadro 3. Modelos matemáticos de coevolução gene-cultura
Fonte: LALAND et al., 2010. [3]

 

Não vou entrar em detalhes sobre cada um, mas poderia citar o incesto como um dos problemas mais importantes da antropologia. Vocês sabem que esse comportamento é produto em parte da biologia e em parte da história de vida do indivíduo.

 

Enfoque Genômico da Cognição

No restante dessa apresentação, indicarei alguns dos trabalhos e investigações que foram feitos pelo nosso grupo. Logo de início, desejo salientar que essas pesquisas envolvem uma equipe muito grande, tendo sido formado um consórcio internacional com pesquisadores da América Latina, Europa e Estados Unidos. Um exemplo: o enfoque genômico relacionado à cognição, um trabalho que foi desenvolvido pela Dra. Vanessa R. Paixão-Côrtes, em colaboração com várias outras pessoas. Nele foram comparados os chimpanzés, que têm uma distância evolucionária do homem de 7 milhões de anos antes do presente; o Homo neanderthalensis, que – sabemos – é uma espécie extinta, tendo existido entre 300 mil e 30 mil anos atrás; o espécime de Denisova, que está sendo postulado ter vivido entre 30 mil a 50 mil anos antes do presente; e o Homo sapiens, originado há cerca de 300 mil anos atrás.

Então, o período de tempo considerado é amplo. Tanto quanto se sabe através dos registros arqueológicos, o sapiens e o neanderthalensis coexistiram na Europa por, pelo menos, 6 mil anos. Agora, os arqueólogos que investigaram e investigam essa relação encontram que a anatomia considerada como típica do neanderthalensis é sempre associada a um conjunto de artefatos que são mais simples e menos sofisticados do que os associados à anatomia dos classificados como sapiens. Isso levou a supor que os sapiens tenham superado os neanderthalensis devido ao seu tipo de cultura, mais desenvolvida e mais complexa.

 


Figura 1. Francisco Mauro Salzano, precursor da pesquisa genética no Brasil
(Foto: Gustavo Diehl/UFRGS. Reprodução)

 

O que investigamos foram 162 genes diretamente relacionados ao processo cognitivo. Atualmente nós conhecemos o genoma humano todo e podemos relacionar cada unidade dele a determinados processos de comportamento. Um total de 52 dos 162 mostraram substituições em seu DNA que levam a produtos diferentes, nos quais o alelo derivado, que surge depois, estava presente nos humanos, tanto nos modernos quanto nos arcaicos, e o alelo ancestral no chimpanzé.

O que foi observado é que, examinando o material genético do Neanderthal e do Denisova, encontram-se praticamente todos os genes que surgiram depois da separação humanos/chimpanzés. Portanto, se houve diferenças, a cognição entre aquelas formas arcaicas e o sapiens não são devidas, pelo menos, a essa parte dos seus genomas.[4]

 

Cooperação e Conflito

Outra relação dialética importante é a que existe entre cooperação e conflito. Pode-se definir cooperação como uma ação coletiva para o bem mútuo ou benefício mútuo. A espécie humana é uma anomalia entre os mamíferos, devido à divisão de tarefas e à cooperação entre indivíduos não relacionados, que não ocorre em nenhuma outra espécie, nem mesmo em primatas. Por outro lado, conflito é a incompatibilidade de interesses quanto a objetivos, valores, necessidades, expectativas e ideologias, o que pode levar à agressão, restrição dos direitos individuais e indução dos indivíduos a fornecer os seus pertences, seja por um ato físico ou por ameaças.

 

“A espécie humana é uma anomalia entre os mamíferos, devido à divisão de tarefas e à cooperação entre indivíduos não relacionados, que não ocorre em nenhuma outra espécie, nem mesmo em primatas.”

 

Há também uma relação dialética em relação à cooperação e à agressão, no sentido de que o altruísmo intragrupo – isto é, ações onerosas que conferem benefícios a outros indivíduos que não ao próprio – favorece a violência intergrupos. Isto leva à noção de patriotismo, tão velha como a nossa própria espécie. A evidência mais antiga de violência estatal, de guerra estatal, é datada de 12-14 mil anos atrás, no Sudão. E agora, com o desenvolvimento dos mecanismos de matar a distância, a agressão mortal tornou-se um ato banal. Eu posso através de um botão ativar um artefato que pode matar milhares de pessoas; para mim tanto faz, eu não estou vendo nada!

Um dos aspectos mais degradantes desse processo é a implantação de minas terrestres no território inimigo. Em 1998, calculava-se que elas existiam em não menos do que 70 nações e que continuaram levando à morte e ao aleijamento de milhares de pessoas, mesmo depois da guerra ter finalizado. Esse é um comportamento perverso derivado do desenvolvimento de uma tecnologia que, sem dúvida, não é ético.

Como interpretar isso? Por que um determinado indivíduo agride o outro? Há uma série de fatores que envolvem a interação entre biologia e cultura. Abordagens reducionistas, que procuram explicar a violência de um grupo ou de indivíduos simplesmente através de um ou poucos fatores, em geral, não são válidas. Isto pode ser exemplificado por uma série de cinco artigos publicados entre 1999-2012 que afirmava que faces mais largas, avaliadas através de uma proporção simples de medidas, levava a um comportamento não ético mediado por um sentimento psicológico de poder.

Caso a hipótese fosse verdadeira, o traço teria papel importante na evolução humana; ele estaria associado com preferências matrimoniais e haveria um dimorfismo sexual maior em relação a essa característica em populações com altos níveis de agressão interpessoal, bem como uma correlação positiva entre homens com esse tipo de face e quantidade maior de prole.

Nosso grupo de pesquisa testou essa relação em não menos de 4.960 indivíduos de 94 populações humanas e os resultados estão expressos no Quadro 4. Como pode ser verificado, a associação indicada não foi confirmada.

Quadro 4. Características faciais e violência
Fonte: GÓMEZ-VALDÉS et al., 2013. [5]

 

Outro tipo curioso de resultado, publicado em 2010 por uma revista tão importante quanto os Anais da Academia Real de Londres, foi o de que um alelo, uma forma específica de um gene, importante para o transporte de serotonina, seria mais frequente em comunidades que davam ênfase ao coletivismo em relação ao individualismo.

Nós testamos essa relação (Rafael Bisso-Machado foi um dos que analisou esse aspecto) em 170 indivíduos de 21 populações ameríndias e árticas e a frequência desse alelo foi praticamente a mesma em grupos que seriam classificados como coletivistas ou individualistas.[6]

 

Genética e Linguagem

Uma das comparações que mais tem sido realizada entre um traço cultural e a genética é a da relação entre a variabilidade genética ou genômica e a variabilidade linguística. O que é língua? Nós podemos definir a linguagem como sendo basicamente constituída por sinais ou signos que se destinam à comunicação interindividual mediada pelos órgãos dos sentidos . Embora um diplomata francês famoso do século XIX (Charles-Maurice de Talleyrand, 1754-1838) tenha afirmado que a linguagem teria sido inventada para ocultar o que uma pessoa pensava da outra, ela em geral serve para a intercomunicação mesmo. Além disso, ela é importante para o processo interno de funcionamento do cérebro – tem-se verificado que surdos e mudos apresentam problemas cognitivos importantes.

 

“O enfoque dialético parece ser uma ferramenta adequada para a investigação das relações complexas entre biologia e cultura.”

 

Em seu sentido lato, a linguagem é composta de sistemas sensorial-motores e conceituais-intencionais. Em seu sentido mais estrito, é um sistema computacional (sintaxe) que gera representações internas que levam à semântica formal. Sua propriedade nuclear é a recursão, a repetição. Como é que se consegue elaborar e reter milhares de palavras – e nossas crianças se apropriam rapidamente dessa informação –, como isso ocorre? Essa é uma propriedade que depende da biologia e desse processo de relacionamento entre humanos, que não tem paralelos em outros organismos.

Voltando à comparação entre humanos e chimpanzés, tem-se feito um esforço tremendo, especialmente pelos comportamentalistas, para descobrir se um chimpanzé determinado poderia falar ou responder a estímulos determinados através de sinais mais ou menos específicos, como a linguagem dos surdos-mudos, com resultados negativos. Os chimpanzés são muito inferiores a uma criança que recém inicia a sua aprendizagem de interação.

Como os padrões de variabilidade genética e linguística apresentam paralelismos, Carlos Eduardo G. Amorim e outros membros de nosso grupo fizeram as seguintes perguntas:

 

  1. Qual seria o tipo de classificação que melhor descreveria o padrão atual de diversidade em ameríndios?
  2. Quão antigas são essas conexões?
  3. A divergência obtida com grupos linguísticos e genéticos é concordante?

 

Foram considerados cinco dos grupos linguísticos mais importantes da América do Sul com três classificações linguísticas elaboradas respectivamente por Čestmír Loukotka, Joseph H. Greenberg e Lyle Campbell. Foram consideradas 381 repetições pequenas adjacentes (em inglês short tandem repeats) dos DNAs de indivíduos desses cinco grupos linguísticos, os dados sendo submetidos a uma complexa análise estatística denominada bayesina (desenvolvida originalmente por Thomas Bayes – 1701-1761). Os resultados [7] indicaram que a classificação que melhor se adapta aos dados genéticos foi a de Greenberg. Ele foi um linguista norte-americano que tinha um método muito particular de avaliar as diferenças entre as palavras, tendo criado todo um esquema classificatório tanto para as línguas ameríndias quanto para as africanas. Mesmo na época em que vivia, ele foi fortemente criticado. Então, pelo menos neste caso, sua classificação parece estar correta.

O interessante é que se pode datar e verificar, por métodos comparativos, eventos que ocorreram milhares de anos atrás através da genética ou da genômica. No estudo sob consideração, foi possível estimar que a separação entre esses grupos teria ocorrido há 3,1 mil anos atrás e que a essa separação entre as famílias Tupi e Arawak teria ocorrido posteriormente, há 2,8 mil anos antes do presente. Houve, também, uma concordância bastante boa entre as datas que os geneticistas consideram como válidas com a dos linguistas.

Outro trabalho de nosso grupo, desenvolvido por Virginia Ramallo e colaboradores, relaciona-se com uma estrutura muito curiosa que é o DNA mitocondrial (mtDNA); é este um material genético que existe em todas as células humanas e que tem um DNA diferente do DNA do núcleo das nossas células. O DNA mitocondrial ocorre no citoplasma e curiosamente esse DNA é típico de um micro-organismo. Como foi ele parar em nosso corpo? Deve ter havido um processo que eticamente pode-se classificar como muito lindo, de cooperação e interação, de simbiose. Nessa situação, há a passagem de um material genético de um organismo para outro e, como eles se deram muito bem, permaneceram juntos e estão juntos até hoje. O produto desse evento de simbiose, que ocorreu há milhares de anos atrás, foi se espalhando por todos os diversos organismos vivos, inclusive, o nosso. Embora o mtDNA seja apenas uma parte pequena do nosso material genético, ele é importante por vários motivos. O principal é que ele estando no citoplasma, que ocorre em grande quantidade nos óvulos, mas é praticamente ausente nos espermatozoides, transmite-se exclusivamente por via materna. Contrariamente, os genes nucleares transmitem-se tanto através do pai quanto da mãe; e há recombinação no processo de passagem de uma geração a outra, o que dificulta a análise dos fenômenos evolucionários que ocorreram no passado. Já no caso do mtDNA (e também dos genes do Cromossomo Y), como não há recombinação, pode-se inferir eventos evolucionários com mais facilidade. Nesse caso especifico, comparou-se os grupos Tupi e Jê, aqui da América do Sul para verificar a relação entre a variabilidade genética e sua estrutura populacional. Verificou-se, de maneira muito curiosa e interessante, que, enquanto os Tupis apresentavam um padrão de isolamento pela distância, isto é, quanto mais distantes geograficamente mais diferentes eles eram, entre os Jês isso não ocorria. Há entre eles todo um processo de fissão-fusão que faz com que grupos determinados, às vezes, por questões políticas, separem-se e depois voltem a se reunir através de outras unidades. Parece então que, em relação aos Jês, os atos agressivos que teriam ocorrido no processo da separação seriam mais lembrados entre eles do que entre os Tupis.[8]

 

Conclusão

Chegamos ao fim dessa conversa e a mensagem que eu quero que vocês levem para casa é a seguinte: o enfoque dialético parece ser uma ferramenta adequada para a investigação das relações complexas entre biologia e cultura. Diversos exemplos da pesquisa de nosso grupo e outros indicam que qualquer tentativa de explicar essa relação através de modelos simplórios deve ser questionada. A nossa espécie fornece um modelo lindo para a exploração dessa inter-relação muito fina entre características biológicas e culturais, gerando pistas não só sobre nosso passado, mas também sobre o presente e o futuro.


* Este artigo é uma homenagem ao geneticista brasileiro Francisco Mauro Salzano, pioneiro na pesquisa genética no Brasil, falecido em 2018.


Capa. O enfoque dialético é fundamental para a compreensão das complexas relações entre biologia e cultura
(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil. Reprodução)
[1] LEVINS, R.; LEWONTIN, R. The Dialectical Biologist. Cambridge: Harvard University Press, 1985.
[2] SALZANO, F.M. Permanence or change? The meaning of genetic variation. Proceedings of the National Academy of Sciences, Washington, v. 97, 2000, p. 5317-5321.
[3] LALAND, K. N. et al. How culture shaped the human genome: bringing genetics and the human sciences together. Nature Reviews Genetics, Londres, v. 11, 2010, p. 137-148.
[4] PAIXÃO-CÔRTES, V. R. et al. The cognitive ability of extinct hominins: bringing down the hierarchy using genomic evidences. American Journal of Human Biology, Hoboken, v. 25, ed. 5, 2013, p. 702-705.
[5] GÓMEZ-VALDÉS, J. et al. Lack of support for the association between facial shape and aggression: a reappraisal based on a worldwide population genetics perspective. PLoS One, São Francisco, v. 8, 2013.
[6] BISSO-MACHADO, R. et al. 5-HTTLPR genetic diversity and mode of subsistence in Native Americans. American Journal of Physical Anthropology, Nova York, v. 151, ed. 3, 2013, p. 492-494.
[7] AMORIM, C.E.G. et al. A Bayesian approach to genome/linguistic relationships in Native South Americans. PLoS One, São Francisco, v. 8, 2013.
[8] RAMALHO, V. et al. Demographic expansions in South America: enlightening a complex scenario with genetic and linguistic data. American Journal of Physical Anthropology, Nova York, v. 150, 2013, p. 453-463.
Francisco Mauro Salzano (Cachoeira do Sul, 1928 – Porto Alegre, 2018) foi pioneiro na pesquisa genética no Brasil. Formado em História Natural pela UFRGS, professor do Departamento de Genética do Instituto de Biociências da UFRGS, Doutor pela USP, professor emérito da UFRGS. Estudou a genética dos povos indígenas brasileiros.

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