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Dia Mundial da Vida Selvagem: um milhão de espécies estão à beira da extinção

ONU celebra a data enfatizando a importância de parcerias para a conservação da vida selvagem

 

Neste 3 de março, a Organização das Nações Unidas (ONU) comemora o Dia Mundial da Vida Selvagem. Para mostrar a importância de como o trabalho conjunto com governos, sociedade civil e setor privado pode transformar o compromisso em ação, este ano, o tema é “Parcerias para a Conservação da Vida Selvagem”.

Em mensagem, o secretário-geral da organização, António Guterres, ressalta que é hora de refletir sobre a responsabilidade de proteger a diversidade de vida do planeta. Ele lembra que as atividades humanas estão destruindo florestas, selvas, terras agrícolas, oceanos, rios, mares e lagos, que antes eram prósperos. Guterres afirma que um milhão de espécies estão à beira da extinção devido à destruição do habitat, à poluição por combustíveis fósseis e ao agravamento da crise climática. Para ele, é preciso acabar “com esta guerra contra a natureza”, e as soluções já existem.

 

Risco de desaparecer

Um relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), órgão independente de ciência e política apoiado pela ONU, lançado no ano passado, apontou que cerca um milhão de espécies estão ameaçadas de extinção. Girafas, papagaios e até carvalhos estão incluídos na lista, assim como cactos e algas marinhas.

As algas marinhas são uma das grandes sobreviventes do planeta, e parentes de algumas algas modernas podem ser rastreadas até cerca de 1,6 bilhão de anos atrás. Elas desempenham um papel vital nos ecossistemas marinhos, fornecendo habitats e alimentos para diferentes formas de vida. No entanto, a dragagem mecânica, o aumento da temperatura do mar e a construção de infraestruturas costeiras estão contribuindo para o declínio da espécie.

As árvores, enquanto isso, são ameaçadas por várias fontes, incluindo extração de madeira, desmatamento para indústria e agricultura, lenha para aquecimento e cozimento e ameaças relacionadas ao clima, como incêndios florestais. Estima-se que 31% dos 430 tipos de carvalho do mundo, por exemplo, estão ameaçados de extinção, de acordo com a “Lista Vermelha” de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Já as girafas são alvo devido à sua carne e sofrem com a degradação de seu habitat devido à extração insustentável de madeira e ao aumento da demanda por terras agrícolas; estima-se que existam apenas cerca de 600 girafas da África Ocidental em estado selvagem.

A ONU lembra ainda que bilhões de pessoas, em nações desenvolvidas e em desenvolvimento, se beneficiam diariamente do uso de espécies selvagens para alimentação, energia, materiais, remédios, recreação, inspiração e muitas outras contribuições vitais para o bem-estar humano.

Com informações da ONU News

 

Capa: Imagem por Wade Lamber| Unsplash.com
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