ONU enfatiza poder das ferramentas digitais para empoderamento de mulheres e meninas
A tecnologia digital está abrindo novas portas para o empoderamento global de mulheres, meninas e grupos marginalizados. Da aprendizagem digital sensível ao gênero à saúde sexual e reprodutiva facilitada pela tecnologia, as ferramentas digitais são instrumentos poderosos no combate à desigualdade. Por isso, no Dia Internacional das Mulheres, a Organização das Nações Unidas (ONU) enfatiza a inovação e tecnologia para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas.
Incluir as mulheres e outros grupos marginalizados para o setor tecnológico resulta em soluções mais criativas e aumento o potencial para inovações que atendam às necessidades das mulheres e promovam a igualdade de gênero. Por outro lado, deixar esses grupos de fora tem custos enormes: de acordo com o relatório da ONU Mulheres Gender Snapshot 2022, a exclusão das mulheres do mundo digital eliminou US$ 1 trilhão do produto interno bruto de países de baixa e média renda na última década.
Preconceito e violência
Essas não são as únicas consequências: atualmente, apenas 22% dos profissionais nas áreas de inteligência artificial (IA) e ciência de dados são mulheres. Isso traz resultados drásticos em um áreas em pleno crescimento: uma análise global de 133 sistemas de IA apontou que 44,2% deles demonstram preconceito de gênero. Esse é o efeito prático da falta de diversidade.
As mulheres também enfrentam um ambiente digital hostil. Uma pesquisa da Unesco com mulheres jornalistas de 125 países constatou que três quartos sofreram violência online durante seu trabalho A violência online contra mulheres jornalistas “oscila entre ataques em grande escala, ou ameaças extremas em um dado momento”, e agressões “constantes de um nível inferior”, nas redes sociais
Futuro
No entanto, ainda há uma lacuna significativa de acesso a ser superada: três bilhões de pessoas permanecem desconectadas da Internet, a maioria das quais são mulheres e meninas. O futuro da tecnologia não deve ser um futuro de desigualdade – nem de violência e abuso. O ativismo digital e movimentos como #MeToo demonstraram o poder da ação digital coletiva e da sociedade civil para promover mudanças e aumentar a responsabilidade pelas violações de direitos.
É preciso investir em educação digital, científica e tecnológica para meninas e mulheres de maneiras novas e ousadas que promovam sua qualificação total para empregos e liderança no século 21 em todas as áreas da vida em um mundo cada vez mais digital.
Com informações da ONU Mulheres