Obras celebram natureza brasileira e convidam à preservação
Sagrado são as águas do rio e o fogo que acende a vela do batismo da criança.
As águas do rio que corre nas veias dos povos tradicionais – “O rio é nosso sangue”. Não é a mesma água com lama derramada pelos criminosos da mineração.
O fogo que aquece, que permite preparar o alimento, coletar o mel, se comunicar, ou roçar o terreno. Não é o mesmo fogo comumente usado hoje para incendiar nossas florestas, desmatar, desertificar.
Como a Arte construiu o Brasil e a diversidade de biomas, povos e regiões. Passado e presente – herdeiros ascendentes ou descendentes com a otimista incumbência de assegurar a continuidade da vida.
Amazônia
O compositor paraibano Vital Farias, antes de iniciar a cantoria de seu protesto musical – “Saga da Amazônia” – obra visionária escrita entre 1979 e 1982, declama um “resumo” da canção, utilizando as palavras do poeta potiguar François Silvestre: “Só é cantador quem traz no peito o cheiro e a cor da sua terra, a marca de sangue de seus mortos e a certeza de luta de seus vivos”.
Era uma vez na Amazônia a mais bonita floresta
Mata verde, céu azul, a mais imensa floresta
No fundo d’água as Iaras, caboclo lendas e mágoas
E os rios puxando as águas
Papagaios, periquitos, cuidavam das suas cores
Os peixes singrando os rios, curumins cheios de amores
Sorria o jurupari, uirapuru, seu porvir
Era fauna, flora, frutos e flores
Toda mata tem caipora para a mata vigiar
Veio caipora de fora para a mata definhar
E trouxe dragão-de-ferro, pra comer muita madeira
E trouxe em estilo gigante, pra acabar com a capoeira
Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar
Pra o dragão cortar madeira e toda mata derrubar
Se a floresta meu amigo, tivesse pé pra andar
Eu garanto, meu amigo, que o perigo não tinha ficado lá
O que se corta em segundos gasta tempo pra vingar
E o fruto que dá no cacho pra gente se alimentar?
Depois tem o passarinho, tem o ninho, tem o ar
Igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar
Mas o dragão continua na floresta a devorar
E quem habita essa mata, pra onde vai se mudar?
Corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá
Tartaruga, pé ligeiro, corre, corre tribo dos Kamaiurá
Mas o dragão continua na floresta a devorar
E quem habita essa mata, pra onde vai se mudar?
Corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá
Tartaruga, pé ligeiro, corre, corre tribo dos Kamaiurá
No lugar que havia mata, hoje há perseguição
Grileiro mata posseiro só pra lhe roubar seu chão
Castanheiro, seringueiro já viraram até peão
Afora os que já morreram como ave-de-arribação
Zé de Nana tá de prova, naquele lugar tem cova
Gente enterrada no chão
Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro
Disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro
Roubou seu lugar
Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro
Disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro
Roubou seu lugar
Foi então que um violeiro chegando na região
Ficou tão penalizado e escreveu essa canção
E talvez desesperado com tanta devastação
Pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção
Os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa
Dentro do seu coração
Foi então que um violeiro chegando na região
Ficou tão penalizado que escreveu essa canção
E talvez desesperado com tanta devastação
Pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção
Os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa
Dentro do seu coração
Aqui termina essa história para gente de valor
Pra gente que tem memória, muita crença, muito amor
Pra defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta
Era uma vez uma floresta na linha do Equador
O poema-musical escrito há mais de 41 anos protesta em nome das pessoas que lá restaram e ainda lutam pela preservação da floresta, lembrando suas belezas e o perigo de seu fim. O “dragão de ferro” – ferrovia construída no “corredor Carajás” – conecta a destruição da mata com as lendas e mitos – Iara (Mãe d’Água) e a Caipora (Mãe do Mato)… vigiando e outro vindo de fora, para a “mata definhar”.
Hoje não são os mesmos, os forasteiros interessados apenas em fins lucrativos… e a saga continua… “Era uma vez na Amazônia, a mais bonita floresta”.
Mais recentemente, a “Canção pra Amazônia”, outro manifesto musical escrito por Carlos Rennó com melodia de Nando Reis e em canto reunido por várias vozes de músicos influentes, atualiza as escolhas dos forasteiros de hoje e as consequências para seus povos e a floresta – garimpo ilegal; terror que assombra com a matança para dizimar povos, como as crianças Yanomami; madeira ilegal; incêndios; a desertificação; “as boiadas” e as mudanças no clima… “Amazônia é sem igual, sem plano B”.
Amazônia
É sem igual, sem plano B nem clone a
Amazônia
Dos povos da floresta sob pressão
O indígena, seu grande guardião
Em comunhão com ela há milênios
Nos últimos e trágicos decênios
Eles não pensam no amanhã nem do planeta nem dos próprios filhos
O que o índio viu, previu, falou
Também o cientista comprovou
Desmate aumenta, o clima seco aquece
A mata, o céu e a Terra, que estarrece
Esse é o recado deles, lá no fundo
Salve-se a selva ou não se salva o mundo
Pra não torná-los um inferno, um forno
Salve a Amazônia do ponto sem retorno
Será que ainda tá em tempo ou o timing disso já perdemos?
Pois, evitemos pelo menos os eventos mais extremos
Esta “Canção pra Amazônia” foi escrita ao final de 2019 – início 2020 e gravada somente em 2021 devido à pandemia causada pelo SARS-CoV-2 – o vírus soberano que iniciou seu comando sobre o mundo no início 2020 – certamente resultado das transformações do meio ambiente, que fazem a ponte epidemiológica entre nós e os patógenos, em constante evolução. Aliás, esse vírus ainda continua fazendo suas mutações e adoecendo as pessoas.
No auge da pandemia, a revolução que Steve Jobs fez no mundo – com certeza graças à sua inquietação, curiosidade, sensibilidade e prazer em conhecer o desconhecido – nos permitiram guardar a calma e a fé na vida para vermos além do sofrimento, continuarmos exercendo nossas atividades, auxiliados pelos seus feitos visionários. Os cientistas – “os LeonardoS da Vinci” – da vida, como heróis abençoados, lutaram contra o tempo, o cansaço físico e mental, e trouxeram ao mundo a vacina. Vacina que transcreveu beleza particular – a inteligência, a genialidade, o encanto da curiosidade, o conhecer o desconhecido, o respeito à sociedade e a esperança de vida. E assim, a cara de quem acreditava na ciência foi pura esperança. (Figura 1)
Figura 1. Amazônia
(Foto: @kuritafsheen77/ Freepik.com. Reprodução)
Cerrado
Por aqui, na pandemia da Universidade de Brasília…
A árvore do Cerrado
Estava em flores
Quanta delicadeza!
Era na última seca
Em setembro de 2020
Hoje, esse templo de oração
Nas horas do Anjo da força,
amém
Que fica quase em frente
ao nosso Hospital Universitário
Com seu tronco retorcido
suas cascas grossas
Folhas bem verdes e fortes
Nos lembra
Que apesar de termos pé
Prá andar
Hoje somos como ela
Não temos como sair correndo
Quem é vivo
Corre perigo
Mas ela também
nos mostra
que apesar de vivermos um tempo
que nos testa
a resistência e a paciência
Acreditar
que apesar da devastação
crônica
Tem o ar
as estações
“E com os olhos
Cheios de água”
É preciso
Enquanto a espera aumenta
Guardar a memória
Do amor
Da crença na vida
Da esperança
João Guimarães Rosa, nos deixou como legado, poder se enveredar pelo “Grande Sertão: Veredas” na década de 1950. No romance, a lealdade de Riobaldo para nos descrever o mundo dentro do Cerrado, com os detalhes sobre as plantas, animais, geologia, trilhas, chapadões, veredas… e de seus povos, nos mostra a grandiosidade do segundo maior bioma brasileiro. Riobaldo nos guiou neste “poema” sobre o Cerrado, o qual ele aprendeu a apreciar as belezas com Diadorim – “Quando o senhor sonhar, sonhe com aquilo…”
Hoje não nos resta muito a sonhar. Em 25 anos de Universidade de Brasília (UnB), vi o Cerrado “definhar”. Anos durante os quais construímos um “Banco de Extratos e Substâncias de Plantas e Fungos Endofíticos do Cerrado” – legado construído com os estudantes e nosso saudoso amigo botânico Professor José Elias de Paula. Os tempos que em parávamos a kombi da UnB na beira da estrada, fazíamos cinco metros Cerrado adentro e lá estava a planta que queríamos coletar em busca de novos compostos ativos em algum modelo biológico estudado ou inseticidas/repelentes para o controle de insetos.
“A agricultura depende da natureza saudável para continuar tal atividade econômica.”
Com o tempo… atrás dos cinco metros de Cerrado da beira da estrada era somente a monocultura de soja. E hoje está feita a ligação entre o desmatamento do Cerrado e a crescente prática do livre comércio internacional dessa commodity. Esta soja serve para alimentar o gado no exterior (sete toneladas/ cabeça de gado), devido à proibição do uso de fontes proteicas de origem animal, quando nos anos de 1996, surgiu na Europa os problemas da “vaca louca” – doença zoonótica neurodegenerativa variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob associada ao consumo de carne e subprodutos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina.
O contraditório em toda esta destruição do Cerrado – desmatamento com esgotamento do solo e “gritantes” mudanças climáticas – é que a agricultura depende da natureza saudável para continuar tal atividade econômica. (Figura 2)
Figura 2. Cerrado – Calliandra dysantha Benth. – símbolo do Bioma
(Foto: Laila Salmen Espindola)
Caatinga
Euclides da Cunha, em “Os Sertões”, o primeiro romance-reportagem brasileiro escrito entre 1866-1909 e publicado em 1902, descreve em detalhes o nosso bioma Caatinga. As estações secas e de chuvas. Explica o motivo da seca e a “inclemência do meio” com todos os seus conhecimentos geológicos e morfológicos que caracteriza o sertão, com seu clima árido onde às vezes não se encontra água nem mesmo para aliviar a sede. Depois celebra a alegria com a chegada da chuva, a existência dos rios temporários, fala dos animais, das plantas, incluindo o umbuzeiro e conclui… “o sertanejo é feliz e não inveja nem mesmo os reis da Terra!”
De lá para cá o bioma foi sendo modificado, ganhando áreas de desertificação, e com as mudanças climáticas, todos os seres vivos, incluindo seu povo catingueiro (sertanejos, vaqueiros, agricultores, indígenas e quilombolas) estão tendo que lidar com temperaturas cada vez mais elevadas. Situação que gera novos desafios e sofrimentos, diante do agravamento de disponibilidade de água.
Umbu significa em tupi-guarani “árvore que dá de beber”, que tem capacidade de armazenar água, especialmente na raiz, e atravessar os longos períodos de seca. Suas raízes e seus frutos deliciosos alimentam as pessoas e os animais. A árvore centenária com folhas que desaparecem na seca e renascem com as primeiras chuvas têm ainda propriedades medicinais. Euclides da Cunha, diante das características da espécie caixa d’água, que ajudava a manter a vida no sertão, concebeu-lhe como “árvore sagrada do sertão”:
[…] os umbuzeiros alevantam dous metros sobre o chão, irradiantes em círculo, os galhos numerosos.
É a árvore sagrada do sertão. Sócia fiel das rápidas horas felizes e longos dias amargos dos vaqueiros. Representa o mais frisante exemplo de adaptação da flora sertaneja. Foi, talvez, de talhe mais vigoroso e alto — e veio descaindo, pouco a pouco, […] modificando-se à feição do meio, desinvoluindo, até se preparar para a resistência e reagindo, por fim, desafiando as secas duradouras, sustentando-se nas quadras miseráveis mercê da energia vital que economiza nas estações benéficas, das reservas guardadas em grande cópia nas raízes.
E reparte-as com o homem. […]
Alimenta-o e mitiga-lhe a sede. Abre-lhe o seio acariciador e amigo, onde os ramos recurvos e entrelaçados parecem de propósito feitos para a armação das redes bamboantes. E ao chegarem os tempos felizes dá-lhe os frutos de sabor esquisito para o preparo da umbuzada tradicional.
Sem falar das cantorias do grande músico Luiz Gonzaga, alegria do nosso Brasil, que canta a natureza desse bioma exclusivamente brasileiro, e a vida de seu povo resiliente e corajoso – “Espero a chuva cair de novo…Pra mim vortar’ pro meu sertão…” (Figura 3)
Figura 3. Caatinga – Cordia oncocalyx Allemão (Pau-Branco)
(Foto: Edilberto Rocha Silveira/ UFC)
Pantanal
Manoel de Barros, o poeta do Pantanal – também registrou a simplicidade com sofisticação, em seu livro “Memórias inventadas: a infância” publicado em 2003, por meio do poema, cujo nome já nos ensina muito: “Aprendimentos” – que conecta a história de vida com o ensino. (Figura 4)
O filósofo Kierkegaard me ensinou que cultura
é o caminho que o homem percorre para se conhecer.
Sócrates fez o seu caminho de cultura e ao fim
falou que só sabia que não sabia de nada.
Não tinha as certezas científicas.
Mas que aprendera coisas
di-menor com a natureza.
Aprendeu que as folhas
das árvores servem para nos
ensinar a cair sem
alardes. Disse que fosse ele caracol
vegetado
sobre pedras, ele iria gostar. Iria
certamente
aprender o idioma que as rãs falam
com as águas
e ia conversar com as rãs.
E gostasse mais de ensinar que a
exuberância maior está nos insetos
do que nas paisagens. Seu rosto
tinha um lado de
ave. Por isso ele podia conhecer
todos os pássaros
do mundo pelo coração de seus
cantos. Estudara
nos livros demais. Porém aprendia
melhor no ver,
no ouvir, no pegar, no provar e no
cheirar.
Chegou por vezes de alcançar o
sotaque das origens.
Se admirava de como um grilo
sozinho, um só pequeno
grilo, podia desmontar os silêncios
de uma noite!
Eu vivi antigamente com Sócrates,
Platão, Aristóteles —
esse pessoal.
Eles falavam nas aulas: Quem se
aproxima das origens se renova.
Píndaro falava pra mim que usava
todos os fósseis linguísticos que
achava para renovar sua poesia. Os
mestres pregavam
que o fascínio poético vem das
raízes da fala.
Sócrates falava que as expressões
mais eróticas
são donzelas. E que a Beleza se
explica melhor
por não haver razão nenhuma nela.
O que mais eu sei
sobre Sócrates é que ele viveu uma
ascese de mosca.
Figura 4. Pantanal
(Foto: Unsplash.com. Reprodução)
Pampa
O bioma da nossa Elis Regina, que deu vida eterna ao “Alô, alô Marciano” de Rita Lee em 1980:
Alô, alô Marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar, estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down in the high Society…
O Pampa – “País da solidão” de Barbosa Lessa, em seu livro de 1984, “Rio Grande do Sul: Prazer em conhecê-lo” – “o país dos horizontes sem-fim, das silenciosas lonjuras”. Bioma da erva-mate dos guaranis que faz a identidade de seu povo com o chimarrão “da democracia”. (Figura 5)
Figura 5. Pampa
(Foto: Ana Luisa Mengardo/ USP. Reprodução)
Mata Atlântica
A carta do mineiro de Itabirinha, escrita “À esquerda do Rio Doce, em 11 de setembro de 2020 – de Ailton Krenak para quem quer cantar e dançar para o céu” chama o “Alô, alô Marciano” cantada por Elis:
“Pensar o mundo pela lógica das disputas virou a razão da humanidade, como se essa ideia tivesse uma natureza própria. Em outras palavras, o verbo disputar virou verbo vida, passou a nomear o princípio das coisas do mundo. Mas como estar além da violência que confirma todos os dias o equívoco da narrativa que diz que o mundo foi criado para nos servir e que nós estamos aqui para incidir sobre ele? Como estar além? Como deixar de acreditar no mundo como uma plataforma extrativista? Como escapar desse vírus gigante homo sapiens, essa bactéria que come o planeta?”
“Quando defendo que precisamos voltar a sonhar é porque precisamos acreditar na criação de uma inteligência sutil, movente, para permitir que a vida, em sua diferença, coexista.”
“Por isso, quando o céu criar a pressão sobre a terra, digo a você que dance, que suspenda o céu! Os filhos da terra precisam cantar e dançar para que o céu possa dar uma atmosfera vital, necessária para o retorno das flores, dos pássaros, das borboletas, das matas, enfim, para a celebração da vida…”
Sebastião Salgado, o mineiro de Aimorés – cidade com o nome comumente dado aos indígenas botocudos da região – é fotógrafo da natureza e de gente.
“Com as mudanças climáticas, todos os seres vivos estão tendo que lidar com temperaturas cada vez mais elevadas. Situação que gera novos desafios e sofrimentos, diante do agravamento de disponibilidade de água.”
O conhecimento adquirimos nos livros, nos artigos, em nossos laboratórios… mas a sabedoria é de quem saboreia a natureza… quem fala de onde vem, de onde é. Sebastião Salgado fotografa a dignidade dessa sabedoria. O fotógrafo nos encanta com seu amor ao planeta quando nos partilha o convívio harmônico do homem em belezas intocáveis da natureza. Sebastião Salgado nos comove com as alarmantes injustiças sociais e a matança dos seres vivos. Fotografa a complexidade na qual o mundo se encontra, e a incapacidade da humanidade em evoluir, com a necessidade de cometer os mesmos erros. A militância fotográfica de Sebastião Salgado nos convida a promover e exigir o diálogo, para que pessoas encontrem bases de coexistência pacífica para seus povos e a natureza.
Em sua terra natal recebeu do Pai uma fazenda, onde com a esposa e filhos decidiram reconstruir a Mata Atlântica dizimada – decisão que reuniu a “militância, profissionalismo, talento e generosidade” e nos faz “esperançar” por um remédio que ajude a cuidar das belezas da natureza e de seus seres vivos, a sarar a tristeza e refazer a coragem para lutar pela vida da Terra. (Figura 6)
Figura 6. Mata Atlântica – Caesalpinia echinata Lam. (Pau-Brasil) – símbolo do Bioma
(Foto: Laila Salmen Espindola)