Região é altamente vulnerável e enfrentou secas, inundações, incêndios e seus impactos socioeconômicos
O ano de 2023 foi o mais quente desde o início dos registros climáticos há 174 anos, revelam diversas observações científicas. O relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) destaca que a temperatura média global, até outubro, estava cerca de 1,40°C acima da média de 1850-1900. Comparativamente, os anos anteriores mais quentes, 2016 e 2020, registraram 1,29°C e 1,27°C acima dessa média, respectivamente.
A América Latina emergiu como uma das regiões mais impactadas por esse calor extremo, com sérias ramificações para a saúde humana, ecossistemas e economias locais. O fenômeno El Niño exacerbou os efeitos, resultando em níveis elevados do mar, incêndios florestais generalizados e uma série de desafios socioeconômicos.
A intensificação das mudanças climáticas e suas consequências causaram o aumento das ondas de calor, eventos extremos de degelo e incêndios florestais devastadores. Regiões como América do Sul, Amazônia, América Central e o Cone Sul estão sofrendo com déficits hídricos, perda de cultivos e uma iminente crise alimentar. Além disso, é cada vez mais crítica a crescente vulnerabilidade das populações devido à falta de água e acesso limitado à energia elétrica.
A América Latina, enfrentará desafios significativos nas próximas décadas se medidas urgentes de adaptação e mitigação contra as mudanças climáticas não forem implementadas. Apesar da incerteza em relação às temperaturas em 2024, os cientistas alertam que a tendência dos últimos nove anos como os mais quentes já registrados exige ação imediata. O apelo é para decisões climaticamente inteligentes, visando aumentar a resiliência e a sustentabilidade da região diante dos crescentes extremos climáticos.
Com informações de SciDev.Net