A pesquisa brasileira na linha de frente contra as mudanças climáticas
As mudanças climáticas estão intensificando desastres naturais, ameaçando ecossistemas e colocando em risco comunidades inteiras no Brasil. Eventos como enchentes, secas severas e a degradação da Amazônia são sinais alarmantes da urgência de ação. Nesse contexto, a ciência brasileira desempenha um papel fundamental na busca por soluções que mitiguem os impactos dessas transformações ambientais.
Pesquisadores brasileiros estão na vanguarda da criação de tecnologias e estratégias para a adaptação e mitigação dos efeitos climáticos. Desde o desenvolvimento de práticas agrícolas sustentáveis que reduzem emissões de gases de efeito estufa, até a restauração de florestas e a conservação da biodiversidade, a ciência oferece caminhos concretos para a proteção dos recursos naturais e das populações vulneráveis. Além disso, a ciência é crucial para a formulação e implementação de políticas públicas que visem a um futuro sustentável. “A ciência é chave para encontrar os melhores caminhos desta adaptação e os melhores caminhos para minimizar os danos socioeconômicos que as mudanças climáticas estão fazendo e vão fazer ainda mais na nossa sociedade”, afirma Paulo Artaxo, professor do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), membro titular do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
A educação e o engajamento da população são essenciais para combater as mudanças climáticas. “A educação, ciência e tecnologia devem ter uma bandeira única para conseguirmos avançar nas coisas desse país, senão acabamos sendo um país de fragmentos”, defende Aline Meiguins, professora do Instituto de Geociência da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ao informar e envolver a sociedade, a ciência contribui para mobilizar ações coletivas e promover mudanças de comportamento que, somadas, podem ter um impacto significativo.
O compromisso do Brasil com o Acordo de Paris e outras iniciativas internacionais refletem a importância de integrar o conhecimento científico nas decisões políticas e no cotidiano das pessoas. Somente com o apoio contínuo à pesquisa e a valorização da ciência será possível enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir um futuro mais seguro e sustentável para todos. “Porque é a ciência que fornece informações precisas, baseadas em evidências, sobre os impactos das mudanças climáticas e as soluções possíveis para isso”, pontua Alice Marle Grim, professora do Departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde lidera o Grupo de Meteorologia.
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