Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor destaca o impacto dos livros na ciência, os desafios da censura e a importância de preservar obras e incentivar a leitura.
O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, comemorado em 23 de abril, foi proclamado pela Unesco em 1995 como uma homenagem ao poder transformador da literatura e ao papel fundamental dos direitos autorais na proteção da criatividade. A data foi escolhida por sua conexão simbólica com o falecimento de grandes escritores como Miguel de Cervantes e William Shakespeare, reforçando o legado cultural deixado por obras escritas. Desde então, é celebrada globalmente com atividades que promovem o acesso à leitura e a valorização da escrita.
Em 2025, o tema da celebração gira em torno da inclusão digital na literatura. A Unesco enfatiza a necessidade de garantir acesso aos livros em formatos digitais, especialmente em regiões subdesenvolvidas. Além disso, as iniciativas também destacam a importância de fortalecer as bibliotecas públicas e comunitárias, criando espaços inclusivos onde todos, independentemente de idade ou condição social, possam ter acesso ao conhecimento e à cultura.
“Livros são testemunhas do tempo, capazes de nos conectar a ideias, realidades e saberes de diferentes épocas e lugares.”
A preservação das obras escritas não é apenas uma questão cultural, mas também histórica. Livros são testemunhas do tempo, capazes de nos conectar a ideias, realidades e saberes de diferentes épocas e lugares. Incentivar a leitura, especialmente entre crianças e jovens, é essencial para formar cidadãos críticos e criativos, preparados para enfrentar os desafios de uma sociedade em constante transformação.

Figura 1. Biblioteca Nacional
(Foto: BN. Reprodução)
A censura como ameaça global
Nos últimos anos, o aumento da censura a obras literárias tem acendido um alerta global. No Brasil, livros considerados controversos, especialmente os que abordam questões de gênero, sexualidade ou injustiças históricas, têm sido alvos de restrições. Globalmente, essa realidade se reflete em proibições impostas a livros por razões políticas, religiosas ou culturais. Essa ameaça não apenas limita o acesso ao conhecimento, mas também sufoca a diversidade de vozes e ideias.
“A liberdade de expressão, consagrada como um dos pilares da democracia, encontra nos livros um de seus maiores símbolos.”
A liberdade de expressão, consagrada como um dos pilares da democracia, encontra nos livros um de seus maiores símbolos. Defender o direito à produção e disseminação de ideias é fundamental para proteger a pluralidade de perspectivas, essencial para o desenvolvimento humano. A censura representa uma tentativa de apagar visões alternativas e de limitar o pensamento crítico, algo que precisamos combater ativamente.
O papel dos livros na ciência
Na ciência, os livros representam mais do que o armazenamento de conhecimento; eles são veículos de inspiração, debate e progresso. Desde obras clássicas que moldaram o pensamento científico até publicações modernas que conectam descobertas a um público amplo, os livros são instrumentos que ampliam horizontes e promovem avanços. Além disso, os livros científicos desempenham um papel crucial na democratização do saber, tornando acessíveis temas que, de outra forma, seriam restritos a especialistas.

Figura 2. Plano Nacional do Livro e Leitura
(Foto: Gui Maia/ Cultura RJ. Reprodução)
Ler como forma de resistência e transformação
Ler é um ato de resistência. Em tempos de censura e desinformação, dedicar-se à leitura é uma forma de preservar a liberdade intelectual e de promover o espírito crítico. Livros nos ensinam a questionar, a imaginar novas possibilidades e a conectar diferentes realidades. Mais do que nunca, é necessário investir em políticas públicas que incentivem o hábito da leitura e protejam o acesso a obras literárias.