No Dia Mundial dos Oceanos, confira a importância dos mares na luta contra as mudanças climáticas e a preservação das culturas tradicionais.
Comemorado em 8 de junho, o World Oceans Day foi proclamado pelas Nações Unidas em 2008, com o objetivo de promover a conscientização global sobre os oceanos e as questões que afetam esses ecossistemas vitais. A data busca engajar a sociedade civil, os governos e as organizações internacionais na preservação dos oceanos, reconhecendo sua importância não apenas para o meio ambiente, mas também para a economia, a alimentação e a saúde global.
A origem da celebração remonta à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento de 1992, no Rio de Janeiro, onde foi discutida a necessidade de intensificar a proteção dos oceanos. O World Oceans Day surgiu como uma forma de focar a atenção pública sobre os desafios enfrentados pelos mares e os ecossistemas marinhos, que desempenham um papel crucial na regulação do clima, na produção de oxigênio e na alimentação de bilhões de pessoas ao redor do mundo.
“Os ecossistemas marinhos desempenham um papel crucial na regulação do clima, na produção de oxigênio e na alimentação de bilhões de pessoas ao redor do mundo.”
Em 2025, a importância do Dia Mundial dos Oceanos será mais relevante do que nunca, com a crescente conscientização sobre as ameaças que os mares enfrentam. As Nações Unidas renovaram seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com ênfase especial no ODS 14, que visa conservar e usar de maneira sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos. O desafio para os próximos anos será unir esforços para implementar políticas globais e locais que possam efetivamente combater as ameaças que afetam os oceanos.
Figura 1. A conscientização sobre o papel vital dos oceanos é importante para que o mundo adote ações para a sua preservação, além de enfrentar as mudanças climáticas.
(Foto: Agência Brasil. Reprodução)
Atualmente, as principais ameaças contra os oceanos incluem a poluição plástica, a sobrepesca, a acidificação dos mares, e a destruição dos habitats marinhos, como os recifes de corais. O impacto das mudanças climáticas também está agravando esses problemas, com o aumento das temperaturas da água, que prejudica a biodiversidade e altera os padrões de migração das espécies marinhas. Além disso, a perda de áreas costeiras e a degradação de ecossistemas essenciais, como as florestas de mangue, intensificam os riscos para as comunidades que dependem diretamente dos oceanos.
Proteger os oceanos é uma tarefa urgente, pois eles são fundamentais para a vida na Terra. Além de desempenharem um papel central na regulação do clima, os oceanos são responsáveis por absorver cerca de 30% do dióxido de carbono emitido pela humanidade, ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Sua preservação não só garante a manutenção da biodiversidade marinha, mas também contribui para a segurança alimentar de milhões de pessoas, especialmente em países costeiros.
“Proteger os oceanos é uma tarefa urgente, pois eles são fundamentais para a vida na Terra.”
As populações indígenas e as comunidades tradicionais têm desempenhado um papel vital na preservação dos oceanos. Com seu conhecimento ancestral e práticas de manejo sustentável, essas comunidades demonstram uma profunda conexão com os mares e são fundamentais na defesa de práticas de conservação eficazes. Seu papel é muitas vezes negligenciado em políticas públicas, mas sua experiência é crucial para a construção de soluções ambientais que considerem as necessidades de todos, especialmente as dos ecossistemas locais.
A importância dos oceanos na mitigação das mudanças climáticas também está ligada aos ecossistemas marinhos, como os manguezais, as pradarias marinhas e os recifes de corais, que atuam como sumidouros de carbono. Esses ambientes ajudam a absorver o CO2 da atmosfera, enquanto protegem as costas e a biodiversidade. O aumento da conscientização sobre o papel vital dos oceanos é essencial para que o mundo adote ações mais amplas para a sua preservação, além de enfrentar os impactos das mudanças climáticas.
