No Ano Internacional da Ciência e das Tecnologias Quânticas, arte e ciência se entrelaçam em sons, ideias e possibilidades.
]Você já pensou que uma canção pode ter algo de quântico? Que o improviso de um músico pode carregar o mesmo espírito de incerteza que desafia a física moderna? Em 2025, ao celebrar os 100 anos da física quântica, abre-se espaço também para explorar como os conceitos mais complexos da ciência encontram ressonância na arte — especialmente na música.
Para falar sobre essa ponte entre física e música, ninguém melhor do que Moreno Veloso — cantor, compositor e produtor musical. Nessa entrevista especial, ele nos ajuda a entender o que a arte tem de “quântica”, como a música pode dialogar com os conceitos científicos e por que esse encontro é mais natural do que parece. “A física quântica começou a, de uma certa forma, abrir mais os horizontes da ciência de uma forma geral”, pontua.
Formado em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) antes de mergulhar de vez na carreira artística, Moreno Veloso conta que o fascínio pela ciência nunca o abandonou. Ele destaca que tanto a música quanto a física quântica rompem com lógicas lineares e abrem espaço para novas formas de pensar o tempo, o espaço e a matéria. “E essa abertura, essa estranheza, pode ser preenchida com todos os tipos de arte e de pensamento. Ela só não pode ser preenchida com a ignorância”.
E como a arte pode ajudar a divulgar a ciência? Para Moreno Veloso, a resposta é clara: “Tem um pouco de tudo nessa relação da arte com a divulgação e da ciência com a divulgação, uma coisa ligada a outra, uma coisa ajudando a expressar a outra”, explica. No Ano Internacional da Ciência e das Tecnologias Quânticas, é esse tipo de conexão para se celebrar: não somente o avanço técnico, mas também a capacidade que a ciência tem de inspirar sonhos, provocar emoções e encontrar caminhos inesperados na arte.
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