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Dia Internacional da Mãe Terra: Mundo enfrenta tríplice crise

ONU aponta alterações climáticas, perda biodiversidade e poluição como maiores ameaças ao meio ambiente

No Dia Internacional da Mãe Terra, comemorado em 22 de abril, o mundo tem muito pouco o que celebrar. Em mensagem especial para o dia, António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), disse que os humanos têm sido maus guardiões do seu “frágil lar”.

De acordo com Guterres, a Terra enfrenta uma crise planetária tripla: o distúrbio climático, a perda da natureza e da biodiversidade, e a poluição o desperdício que ameaçam o bem-estar e a sobrevivência de milhões de pessoas em todo o mundo.

Clima

O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, (IPCC), divulgado no início deste mês, revelou que as emissões globais médias de gases de efeito estufa atingiram os níveis mais altos da história. A previsão é que as emissões globais de gases de efeito estufa atinjam o pico entre 2020 e o mais tardar antes de 2025 em modelos que limitam o aquecimento a 1,5°C ou 2°C. Se não houver um reforço de  políticas, além das que foram sendo implementadas até o final de 2020, as emissões devem aumentar além de 2025. A situação causará um aquecimento global médio de 3,2 °C até 2100.

O relatório aponta ainda uma imensa diferença regional e social entre as emissões: 10% dos lares do mundo respondem por 35% a 45% das emissões de gases de efeito estufa, e 50% dos lares responde por 13% a 15% desse total. Os países mais pobres do mundo e as nações-ilhas, as principais vítimas dos impactos climáticos, contribuíram com menos de 4% das emissões do mundo em 2019.

Perda da natureza e da biodiversidade

A ONU calcula que a perda anual de florestas equivale a  4,7 milhões de hectares, uma área maior que a Dinamarca. A organização estima que um milhão de espécies animais e vegetais estejam ameaçadas de extinção.

No Brasil, o desmatamento na Amazônia nos três primeiros meses de 2022 é o segundo pior em 15 anos. De janeiro a março, a floresta perdeu uma área equivalente à metade da cidade do Rio de Janeiro, de acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Poluição

A ONU também enfatiza o fim do uso de combustível com chumbo e de combustíveis fósseis. Relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início deste mês revelou que quase toda a população global, aproximadamente 99%, respira ar fora da qualidade recomendada pela agência, o que é uma ameaça à saúde mundial.

Além disso, a agência alerta para a ameaça da poluição plástica. Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a produção de plástico aumentou, exponencialmente, nas últimas décadas e agora chega a cerca de 400 milhões de toneladas por ano, um volume que deve dobrar até 2040.

Esperança

No entanto, chefe da ONU aponta que ainda há esperança. Ele explica que cinquenta anos atrás, o mundo se uniu para a Conferência de Estocolmo para dar início ao movimento ambiental global.  Entre os resultados estão o encolhimento do buraco na camada de ozono, o alargamento das proteções para a vida selvagem e os ecossistemas. Porém, considera que mais ações precisam ser tomadas com maior rapidez, especialmente para evitar uma catástrofe.

  • Com informações da ONU

 

Imagem: Freepik.com
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