Enquanto os artistas modernistas consagrados faziam uma projeção da população negra em suas obras, acontecia uma ampla produção de artistas negros que construíam uma narrativa diferente e inauguravam uma nova forma de representação (e autorrepresentação) do negro, que ia muito além da figura do povo escravizado ou do ex-escravo. Nomes como Lima Barreto, Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Manuel Querino, Nascimento Morais, Astolfo Marques e Artur Timóteo da Costa não foram convidados para a festa modernista.
Na falta de espaços de consagração dos artistas negros na década de 20, período em que estava em disputa a ideia da identidade nacional, uma grande produção artística foi germinada, construindo, por exemplo, as bases da música popular brasileira, e deixando um legado que hoje, cem anos depois da Semana de Arte Moderna, pode ser identificado e reconhecido.