Projeto mostra as muitas faces das mulheres nos muitos campos da ciência – e a importância de representá-las
Representações de mulheres em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) são poderosas fontes de inspiração para jovens que aspiram a uma carreira nessas áreas. Mas os estereótipos de mulheres cientistas persistem, especialmente na cultura popular. Isso é o que aponta a pesquisa recente realizada pelo UC Santa Barbara’s National Center for Ecological Analysis and Synthesis (NCEAS), nos Estados Unidos.
Segundo o artigo, publicado na revista Social Media + Society, a cultura popular ainda tem a tendência de rotular as mulheres nos campos STEM colocando, entre outras coisas, a feminilidade e a atratividade feminina contra a inteligência e a seriedade, e lançando dúvidas sobre sua competência. Isso, somado à escassez de representações e a falta de modelos, contribuem para que haja uma significativa disparidade de gênero na área. Nos Estados Unidos, as mulheres representam quase metade da população empregada do país, mas apenas cerca de um terço da força de trabalho STEM, de acordo com estatísticas do National Science Board.
Para tentar mudar esse cenário, Alexandra Phillips, autora da pesquisa, recorreu ao Instagram e iniciou o Women Doing Science, um site que apresenta fotos e perfis de mulheres cientistas de todo o mundo em seus elementos, sejam laboratórios, salas de aula ou o campo. A iniciativa, que começou enquanto Phillips cursava seu doutorado em geoquímica orgânica no California Institute of Technology, evoluiu para um movimento internacional à medida que as inscrições de cientistas mulheres de todo o mundo chegaram. Atualmente, o site tem quase 100.000 seguidores e ganhou uma grande equipe de voluntários que ajudam a recrutar mais cientistas e escrever sobre seu trabalho.
O projeto é bem-sucedido em mostrar a força feminina e também em mostrar a diversidade. Em sua análise, a equipe do Women Doing Science descobriu que 37% de suas postagens apresentavam mulheres negras e um terço tinha legendas bilíngues. Além disso, as análises também mostraram o poder que as imagens de mulheres cientistas tinham em ajudar com a síndrome do impostor e aliviar a solidão de ser mulher em um campo STEM.
Saiba mais sobre o estudo em:
Com informações de Science Daily