Ildeu de Castro Moreira, presidente de honra da SBPC, fala sobre divulgação científica, atuação dos jovens e democracia
“Eu desejo que os jovens brasileiros sejam muito atuantes”. Isso é o que afirmou Ildeu de Castro Moreira, professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) durante entrevista ao programa “O Movimento 2022/2030: O Brasil e o Mundo que Queremos”, da TV SUPREN.
Durante a entrevista, Moreira falou sobre sua infância, seu interesse pela ciência, os cortes sofridos pelo setor e a importância da divulgação científica no Brasil atual. “A imagem que os brasileiros fazem dos cientistas é bastante positiva e tem melhorado, e nós temos indicações de que no pós-pandemia aumentou ainda mais essa confiabilidade nos cientistas”. Por outro lado, o pesquisador aponta que os constantes cortes sofridos pela ciência vem dificultado muito a atividade no país. “O nosso governo não reflete adequadamente a visão da sociedade brasileira”.
Ele também apontou que divulgar a ciência é essencial para o desenvolvimento não apenas do setor, mas de todo o país. “Tem pontos que mostram que a informação sobre ciência no Brasil é muito deficiente, uma delas é que aproximadamente 90% dos brasileiros não consegue mencionar um cientista brasileiro importante. Isso é uma deficiência muito séria do nosso sistema de ensino e da nossa divulgação as próprias instituições”. Para melhor a comunicação sobre a ciência no Brasil, Moreira apontou que o papel dos jovens é essencial. “É fundamental que os jovens vejam os grandes desafios que nós temos nos pais, acreditem nas suas possibilidades, desconfiem das gerações anteriores, questionem os processos – isso é um comportamento fundamental na estrutura da ciência: curiosidade, ousadia, questionamento. Então eu desejo que os jovens atuem coletivamente, porque com isso nós temos um grande potencial de resolver grandes desafios nacionais”.
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