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SBPC realiza almoços virtuais para comemorar o Dia Internacional das Mulheres

Com o tema  “Mulheres e Meninas: poder e ciência na refundação do Brasil”, as sessões serão realizadas nos dias 1, 3 e 6 de março, às 12h30, e irão propor discussões sobre as várias dimensões da mulher no contexto atual, e como dar mais visibilidade e incentivo para elas na carreira acadêmica

 

Em celebração ao mês das mulheres, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizará na primeira semana de março a série de almoços virtuais “Mulheres e meninas: poder e ciência na refundação do Brasil”. As sessões serão realizadas nos dias 1, 3 e 6 de março, às 12h30, e serão transmitidas pelo canal da SBPC no YouTube.

Os debates contarão com a participação de ministras mulheres do governo atual, das jovens cientistas premiadas e que receberam menções honrosas do 4º Prêmio Carolina Bori “Ciência & Mulher”, além de presidentes mulheres de sociedades científicas e acadêmicas afiliadas à SBPC.

As sessões serão divididas em três grandes áreas do conhecimento: Humanidades; Biológicas e Saúde; e Engenharias, Exatas e Ciências da Terra.

Segundo Fernanda Sobral, vice-presidente da SBPC, o evento virtual tem por objetivos discutir as várias dimensões da mulher no contexto atual, no poder político e na academia, dar maior visibilidade ao trabalho realizado por elas e, ao mesmo tempo, incentivar as mais jovens a ocuparem cargos de liderança na academia. “Nós sabemos que elas precisam desse estímulo para entrar e crescer na carreira  científica”, afirma.

Em 2022, a entidade realizou a “Jornada da SBPC no Dia Internacional das Mulheres”, evento que durou 12 horas, para comemorar a data. Sobral conta que neste ano a SBPC teve a ideia de desmembrar a comemoração para possibilitar uma maior participação do público. “Como os eventos presenciais voltaram com força, resolvemos realizar encontros virtuais mais curtos, em dias diferentes e na hora do almoço, para darmos opções”, afirma.

Miriam Grossi, diretora da SBPC, ressalta que a gestão da entidade quer, por meio de ações como esta série, inspirar ações para promover um maior engajamento das sociedades científicas com as questões de gênero no campo da CT&I. “Nossa Diretoria é composta por sete mulheres e acreditamos que a presença e a valorização das mulheres na ciência são fundamentais no mundo atual. As mulheres são mais da metade das cientistas brasileiras, mas elas ainda estão à margem dos espaços de poder no campo associativo e de gestão”, defende.

Grossi ressalta que o 8 de março foi oficializado em 1975 pela ONU como o Dia Internacional das Mulheres, mas que, embora haja controvérsias sobre essa origem, a data é um convite à reflexão e mobilização. “O 8 de março sempre foi um dia de luta, e nós, mulheres cientistas e a SBPC, estamos juntas em diversas batalhas, como por exemplo, por mais recursos e valorização da ciência e pelo aumento das bolsas para mestrado, doutorado e pós-doutorado, que são fundamentais para a formação das novas gerações de cientistas no Brasil”, diz.

Laila Salmen Espindola, diretora da SBPC, destaca que, ao celebrar o Dia Internacional das Mulheres, a SBPC exerce seu papel na defesa da justiça social. “Uma das missões da SBPC é lutar por um mundo melhor e sabe que para isso precisa de equidade de gênero em todos os lugares”, afirma.

Espindola comenta ainda que ao privilegiar os homens, a sociedade desperdiça metade de seu potencial de inteligência. “Há poucas mulheres e mães à frente de cargos-chaves em instituições de ensino e pesquisa, em empresas e na política. Mesmo que as mulheres representem a maior parte de cientistas no Brasil de hoje, a prevalência da presença masculina ainda é muito maior à medida que se sobe na hierarquia da carreira acadêmica. Mulher precisa ocupar posições de liderança. É preciso ressaltar que a mulher é importante para a sociedade.”

Espindola salienta ainda que o Dia Internacional das Mulheres é uma ótima oportunidade, certamente política, de debater as reivindicações por igualdade de direitos e oportunidades. “Esta data está ai para lembrar isso. O sistema de ideias enraizado e vigente nas culturas mundo afora é uma mentalidade para relegar as mulheres a uma posição secundária. Aliás, a situação é ainda mais grave, quando assistimos ao sistema justificar a agressão contra mulheres, em suas diferentes formas físicas e psicológicas”, comenta.

Serviço:

Almoços virtuais “Mulheres e meninas: poder e ciência na refundação do Brasil”

Data: 1, 3 e 6 de março, das 12h30 às 14h.

Transmissão: Canal da SBPC no YouTube – www.youtube.com/canalsbpc

 

Jornal da Ciência

 

Capa: Mãe no quarto, Mariana Darvenne
Blog Ciencia e Cultura

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