Processos inovadores têm relação direta com o desenvolvimento econômico, a geração de emprego e o aumento de renda. E as universidades e centros de pesquisas são fundamentais para isso.
A inovação é a fonte de dinamismo econômico e bem-estar social. Isso é o que afirma a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo a entidade, inovar é a chave tanto para vencer a recessão econômica quanto para colocar o desenvolvimento numa trajetória ambientalmente sustentável. Isso porque os processos inovadores, expressos em novos produtos, processos e patentes, têm relação direta com o desenvolvimento econômico, a geração de emprego e renda e o aumento da competitividade – fator essencial para o progresso das empresas e das economias nacionais.
Nesse cenário, as universidades e centros de pesquisa desempenham papel fundamental, pois servem de ferramenta para o desenvolvimento tecnológico e de suporte para difusão de informação na sociedade, além de serem responsáveis pela formação de profissionais altamente especializados e pelo intercâmbio de conhecimento com atores de outras regiões e até mesmo de outros países.
“A gente fala que inovar é transformar conhecimento em riqueza”, afirma Ana Torkomian, professora do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Para ela, é preciso ter parcerias fortes entre universidade, empresa e governo para incentivar a inovação no país.
Para Fernanda de Negri, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o grande papel das universidades não é colocar a inovação no mercado, mas sim produzir o conhecimento que pode ser utilizado pelas empresas para inovarem tecnologicamente. “A tecnologia é um grande motor de crescimento em longo prazo e isso já está bastante consolidado na literatura econômica”, aponta.
Porém, os desafios econômicos enfrentados pelo país nos últimos anos também se tornaram um desafio para a inovação. “A inovação é muito importante do ponto de vista econômico, mas o que vai impulsionar a inovação no Brasil é o crescimento econômico”, pontua Carlos Américo Pacheco, professor do Instituto de Economia e do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e diretor-presidente do Conselho Técnico Administrativo da Fapesp. “Se a economia não anda, retrocede, vai para trás ou cresce pouco, tudo vai para o ralo”, conclui.
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