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Educação para a ciência e ciência para a educação

Educação e ciência são pilares fundamentais para se atingir o desenvolvimento sustentável

 

Não há como pensar em desenvolvimento sem pensar em educação e ciência. Ambos são fundamentais não apenas para o avanço do país, mas também para que se faça de maneira sustentável. Porém, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer nesse quesito.

Educação para todos é um direito garantido pela Constituição, mas que é preciso ir além, lutando por uma educação de qualidade – esse é, inclusive, o quarto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Um dos maiores desafios na educação é a desigualdade, aprofundada com a pandemia, aumentando as disparidades raciais, sociais e locais. “A defesa de um sistema educacional que faça com que os diferentes se encontrem e convivam para mim é um ponto de honra”, defende Marta Feijó Barroso, professora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro do GT de Educação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). “A educação tem que ser pública, gratuita, laica, de qualidade e democrática nesse sentido de incluir todo mundo”, continua.

Para Carlos Alexandre Netto, ex-reitor e professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a educação de qualidade auxilia a diminuir a pobreza, a combater a fome e a reduzir as desigualdades. “Os ODSs dependem da educação porque uma pessoa educada é uma pessoa que consegue ler o mundo e entender o ambiente ao seu redor. Assim, pode atuar politicamente com vistas a se atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, diz. O pesquisador ainda aponta que a ciência é imprescindível nesse cenário, porque é através dela que vamos encontrar caminhos tanto para uma educação de qualidade quanto para o desenvolvimento sustentável do país. “É fundamental que nós possamos avançar em termos de uma educação básica de qualidade para todos, ciência básica de qualidade para todos, porque isso vai impactar na nossa sustentabilidade e no atingimento da Agenda 2030”, afirma.

Porém, normalmente, o debate sobre ciência, tecnologia e inovação não considera as escolas de educação básica como centros de produção de conhecimento, de tecnologia e de inovação social. Assim como muitas vezes a sociedade – e inclusive o governo – não considera a ciência básica como fundamental para se atingir um desenvolvimento sustentável. Para Sônia Báo, professora da Universidade de Brasília (UnB) e secretária regional da SBPC no Distrito Federal, os investimentos, tanto em educação quanto em ciência, permanecem não apenas abaixo do necessário, mas também inconstantes – o que prejudica o planejamento e o avanço dessas áreas. “É preciso que se tenha uma política de Estado e não uma política de governo, para que eu consiga trabalhar a educação e a ciência voltado também para os problemas que nós temos”, enfatiza. “Está mais do que provado e consolidado que sem uma boa formação básica, não avançamos, não desenvolvemos o novo conhecimento, não conseguimos ter inovação. E é através dessa inovação que vamos fazer com que a sociedade seja mais justa e tenha um desenvolvimento econômico que seja acessível a todos”, finaliza.

 

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