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Contribuições da ciência básica para a saúde

Ciência e tecnologia são fundamentais para a saúde e o bem-estar da população

 

Inovações em tratamentos para prevenção e cura de doenças, redução da mortalidade, aumento do bem-estar e da longevidade. Esses são apenas alguns exemplos de como as ciências podem contribuir para a saúde. O tema é discutido no último episódio do Ciência & Cultura Cast, o podcast da revista Ciência & Cultura, que nesta edição trata do tema “Ciência básica para o desenvolvimento sustentável”.

A pandemia da covid-19 trouxe de volta a discussão sobre a importância da ciência e seus benefícios para a população e a sociedade. Foi graças à pesquisa científica que foi possível sequenciar o coronavírus, compreender os sintomas e sequelas da doença, e avançar nas tecnologias para a produção de vacinas. “Na verdade, a ciência foi nossa trincheira. E não foram só as ciências básicas da saúde que se uniram e tentaram ter iniciativas contrárias ao desastre que foi a resposta brasileira à pandemia, mas também pessoas de outras áreas que apoiaram muito esse processo de enorme resistência”, aponta a médica Lígia Bahia, professora do Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Por outro lado, a veiculação e compartilhamento de informações falsas por meio de redes sociais, blogs, sites ou aplicativos de mensagens, trouxeram consequências sérias à saúde individual e coletiva. Durante a pandemia, foram várias as fake news que apoiavam tratamentos ineficazes, ao mesmo tempo em que atacavam o isolamento e as vacinas. Até hoje algumas dessas informações falsas persistem, e são um dos fatores que contribuíram para a queda na taxa vacinal contra várias doenças em todo o país. Além disso, a desigualdade é um fator complicador no acesso à saúde e no cuidado da população. Sete em cada dez brasileiros usam o Sistema Único de Saúde (SUS), e o país ainda acumula uma carência com cerca de 30 milhões de pessoas sem acesso à saúde, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE). “O que mata é a desigualdade. É fundamental que todo mundo que milita na área da saúde tenha essa compreensão: precisamos reduzir as desigualdades no Brasil”.

O investimento em educação e ciência é fundamental para combater a desinformação e avançar em estudos que contribuam para a saúde e o bem-estar da população. Para Lígia Bahia, a ciência precisa ser transversal nas políticas do País. “A gente espera ter políticas de estado e não politica de governo. Assim a gente fica a mercê de um sistema de saúde muito cruel, onde quem tem mais continua recebendo mais. A gente precisa ir mudando isso”, finaliza.

Ouça o episódio completo:

Blog Ciencia e Cultura

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