araras

Tráfico de vida selvagem prejudica a natureza

Relatório mundial revela persistência do tráfico de animais selvagens e impactos globais

 

O mais recente Relatório Mundial sobre Crimes contra a Vida Selvagem, divulgado nesta segunda-feira (13), apresenta conclusões alarmantes: o tráfico de animais silvestres não diminuiu significativamente nas últimas duas décadas. O estudo, conduzido pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), destaca que embora haja alguns sinais positivos para espécies icônicas como elefantes e rinocerontes, a aplicação efetiva da lei e investigações mais rigorosas são imperativas.

O relatório identifica uma conexão direta entre o crime contra a vida selvagem e grupos poderosos do crime organizado, que operam em ecossistemas vulneráveis em todo o mundo, desde a Amazônia até o Triângulo Dourado asiático. Os dados mais recentes, abrangendo o período de 2015 a 2021 em 162 países e territórios, revelam que cerca de 4 mil espécies de plantas e animais são afetadas pelo comércio ilegal, com aproximadamente 3.250 delas listadas na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES).

Redes criminosas transnacionais desempenham papéis cruciais em todas as etapas da cadeia comercial, desde a exportação até a venda para clientes, enfatizando a necessidade de intervenções robustas tanto na demanda quanto na oferta do tráfico.

 

Riscos

Além dos danos ambientais, o relatório ressalta os impactos socioeconômicos do crime contra a vida selvagem, que afetam os meios de subsistência, a saúde pública, a governança e a capacidade de combater as mudanças climáticas.

A corrupção também é identificada como um desafio significativo, minando tanto a regulamentação quanto a fiscalização do comércio ilegal de vida selvagem.

O tráfico de animais não apenas ameaça a extinção de várias espécies, mas também perturba os ecossistemas, desencadeando mudanças na cadeia alimentar. Além disso, representa riscos à saúde humana e animal, com a disseminação de doenças.

O Brasil, com sua vasta biodiversidade, é um dos principais alvos do tráfico de animais, contribuindo com 10% da receita global dessa atividade. A falta de fiscalização e punições rigorosas agravam esse cenário, resultando na retirada anual de milhões de animais de seus habitats naturais, com altas taxas de mortalidade durante o transporte e comercialização.

Com informações de Onu News

 

Capa. Zdeněk Macháček. Unsplash.com
Blog Ciencia e Cultura

Blog Ciencia e Cultura

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe:

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Palavras-chaves
CATEGORIAS