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Expansão nacional do SciELO

Fapesp, Capes e CNPq assinam protocolo para expandir e reestruturar a governança da maior rede de periódicos científicos de acesso aberto do Brasil

 

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) deram um importante passo rumo à nacionalização da plataforma Scientific Electronic Library Online (SciELO). Na última sexta-feira (2), as instituições assinaram, em Brasília, um protocolo de intenções que visa promover a criação de um consórcio nacional para expandir, reestruturar a governança e garantir a manutenção do SciELO, assegurando a autonomia e a participação ativa de seus integrantes.

O presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, destacou a importância do acordo para a livre circulação da ciência. “Essa iniciativa representa um grande passo no sentido de favorecer a livre circulação da ciência. Após mais de quatro décadas de funcionamento com vinculação predominante à Fapesp, a entrada das duas agências federais dá mais legitimidade e melhor governança à plataforma SciELO”, afirmou.

Lançado em 1997 com o objetivo de apoiar a infraestrutura de comunicação científica, o SciELO começou suas operações públicas em 1998 e, desde então, tornou-se uma rede de coleções de periódicos de acesso aberto. Atualmente, a plataforma é utilizada em 16 países, que fazem parte da Rede SciELO de coleções nacionais de periódicos.

Denise Pires de Carvalho, presidente da Capes, ressaltou a relevância da nacionalização do SciELO do ponto de vista jurídico, visando fortalecer as instituições e evitar fragilidades no programa. Ela celebrou a construção nacional do programa, destacando a necessidade de uma evolução que depende do que o próprio Brasil decidirá. Carvalho também enfatizou que o país é um grande mercado consumidor de ciência, com uma comunidade científica entre as 15 maiores produtoras de conhecimento no mundo.

Ricardo Galvão, presidente do CNPq, relembrou os desafios da criação do SciELO e destacou a valorização dos pesquisadores brasileiros com a assinatura do protocolo. Galvão frisou que a parceria também deve focar na qualificação das revistas científicas.

A assinatura do protocolo também foi seguida por uma apresentação de Abel Packer, diretor do SciELO, que apresentou dados sobre as publicações na plataforma e detalhes sobre a estrutura de governança. Ele destacou as oportunidades futuras, como a utilização da inteligência artificial como um instrumento ubíquo, lembrando que a plataforma recebe um milhão de acessos por dia. Um dos grandes desafios, segundo Packer, é manter a estrutura e a segurança da plataforma.

Com o novo consórcio, o SciELO passará a ser gerido de forma colaborativa e sustentável pelas três agências, fortalecendo ainda mais o papel do Brasil na produção e disseminação do conhecimento científico em nível global.

Com informações de Fapesp e CNPq

 

Capa. Freepik.com. Reprodução
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