Eugênio Bucci, professor da ECA-USP, defende o jornalismo ético e plural para proteger a democracia em vídeo especial da Ciência & Cultura
“Desinformação, Democracia e Autoritarismo”. Esse é o tema da edição especial da revista Ciência & Cultura, em que o professor da USP e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro, conduz entrevistas que destacam o impacto da comunicação na defesa da democracia. Especialistas como Eugênio Bucci, professor da ECA-USP, alertam para os perigos da desinformação, que fragmenta a sociedade e ameaça o bem-estar coletivo.
Segundo Eugênio Bucci, uma comunicação de qualidade, ética e plural é essencial para sustentar o diálogo público e a convivência pacífica, resgatando o papel do jornalismo na mediação de conflitos e na promoção da verdade. Ele enfatiza que a desinformação não apenas prejudica a compreensão dos fatos, mas compromete a saúde emocional e social da população, ao alimentar polarizações extremas e sentimentos de insegurança. Ainda, defende que o jornalismo, quando fundamentado em evidências científicas e comprometido com a pluralidade, pode atuar como um antídoto contra o avanço de regimes autoritários. “A democracia exige uma comunicação ética e confiável, que priorize o bem-estar coletivo e proteja a integridade das instituições democráticas”, afirma. Nesse contexto, a mídia tradicional tem um papel crucial em oferecer informações verificadas e em construir pontes entre diferentes visões de mundo.
Para Eugênio Bucci, o enfrentamento à desinformação é uma questão de saúde democrática e social. A comunicação plural, capaz de engajar diferentes perspectivas e sustentar o debate público de forma ética, é indispensável para garantir o equilíbrio entre os direitos e deveres dos cidadãos. Em tempos de manipulação e discursos de ódio, preservar a liberdade de imprensa e fortalecer a confiança no jornalismo responsável são ações fundamentais para proteger tanto a democracia quanto o bem-estar da população. “A incapacidade de diferenciar fatos de opiniões compromete o funcionamento democrático. Quando fatos objetivos, como o aquecimento global ou pandemias, são tratados como narrativas, a política degenera em fanatismo”, afirma.
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