Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz, defende a informação para proteger o bem-estar social e a democracia em vídeo especial da edição da Ciência & Cultura
A comunicação de qualidade é um pilar essencial para a saúde pública, especialmente em tempos de crise e proliferação de desinformação. Na edição especial da revista Ciência & Cultura, dedicada ao tema “Desinformação, Democracia e Autoritarismo”, a pesquisadora Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, reforça que a disseminação de notícias falsas não apenas prejudica ações de saúde, como campanhas de vacinação, mas também mina a confiança da população nas instituições e na ciência. Para ela, a saúde pública depende diretamente de informações embasadas, capazes de orientar decisões conscientes e proteger o bem-estar coletivo.
O negacionismo na saúde, segundo Margareth Dalcolmo, é uma das maiores ameaças à democracia e à segurança da população. Movimentos contrários à vacinação e à adoção de medidas sanitárias básicas comprometem conquistas científicas históricas e deixam comunidades mais vulneráveis a doenças preveníveis. Além dos impactos diretos na saúde, essas campanhas desinformativas ampliam divisões sociais, alimentam discursos antiéticos e enfraquecem o senso de responsabilidade coletiva, essencial para enfrentar desafios sanitários e proteger direitos fundamentais. “Existe todo um esquema montado para lucrar com desinformação – um verdadeiro ‘algoritmo do mal’”, alerta.
Para combater esse cenário, Margareth Dalcolmo defende a comunicação científica como uma ferramenta indispensável. A clareza, a acessibilidade e a fundamentação ética na transmissão de informações são, segundo ela, estratégias cruciais para barrar o avanço da desinformação. Ao promover uma educação voltada para a ciência e o bem-estar social, a pesquisadora enfatiza que a proteção da saúde pública está profundamente conectada à defesa da democracia e à preservação de uma sociedade mais justa e informada.
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