Uma data para inspirar, reconhecer e fortalecer a presença feminina na ciência em todo o mundo.
O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015. Essa data tem como objetivo destacar a importância da equidade de gênero na ciência e na tecnologia, promovendo iniciativas que eliminem barreiras e preconceitos que afastam mulheres e meninas desses campos. A ONU considera essencial aumentar a diversidade no mundo científico para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial aqueles relacionados à educação de qualidade e à igualdade de gênero.
“Estimular meninas e mulheres a ingressarem na ciência é essencial para combater a desigualdade de gênero que ainda persiste nesses campos.”
Em 2025, as celebrações do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência serão marcadas por atualizações significativas na agenda global. A ONU está reforçando seu compromisso com programas que visam capacitar meninas em situação de vulnerabilidade e promover maior acesso às ciências exatas, biológicas e tecnológicas. Além disso, iniciativas de mentorias e redes globais de cientistas mulheres estão sendo ampliadas para criar oportunidades de colaboração internacional e incentivar a permanência feminina em carreiras científicas.

Figura 1. Cursos estimulam maior presença feminina nas ciências
(Fonte: USP. Reprodução)
Estimular meninas e mulheres a ingressarem na ciência é essencial para combater a desigualdade de gênero que ainda persiste nesses campos. Dados da UNESCO indicam que apenas cerca de 30% dos pesquisadores no mundo são mulheres. Esse cenário reflete barreiras históricas e culturais que restringem o acesso feminino às ciências, desde estereótipos de gênero até a falta de modelos inspiradores. Garantir um ambiente igualitário não só amplia o potencial científico como também beneficia toda a sociedade com perspectivas mais diversas e inclusivas.
No Brasil, diversas iniciativas têm se destacado no incentivo à participação feminina na ciência. Projetos como o “Meninas na Ciência”, desenvolvido por universidades federais, e a plataforma “Parent in Science”, que discute os desafios da maternidade na carreira acadêmica, têm alcançado resultados importantes. Esses programas promovem eventos, workshops e mentorias para inspirar novas gerações e criar condições mais favoráveis para mulheres cientistas.
“Promover equidade de gênero na ciência não é apenas uma questão de justiça social, mas também de avanço para a humanidade como um todo.”
Outro destaque nacional é o Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Este ano, a cerimônia de entrega ocorre no dia 11 de fevereiro e será dedicada a estudantes que já têm se destacado em projetos científicos. A premiação busca valorizar trajetórias inspiradoras e evidenciar a relevância da participação feminina desde os primeiros passos na pesquisa.

Figura 2. Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher”, promovido pela SBPC
(Fonte: SBPC. Reprodução)
Ao celebrar a data, é fundamental reconhecer que avançar em igualdade na ciência é uma jornada coletiva. Políticas públicas, apoio institucional e conscientização social devem caminhar lado a lado para garantir que meninas e mulheres não apenas entrem, mas permaneçam e prosperem no meio acadêmico. Afinal, promover equidade de gênero na ciência não é apenas uma questão de justiça social, mas também de avanço para a humanidade como um todo.
Neste 11 de fevereiro, a celebração do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência reforça a mensagem de que é possível e necessário transformar desafios em oportunidades. Que cada menina e mulher que sonha em explorar os mistérios do universo encontre o apoio e o reconhecimento para brilhar em seu caminho científico. Afinal, a ciência se torna mais rica e completa quando todos podem fazer parte dela.


