Entenda como a data evolui ao longo do tempo e seu papel essencial na promoção da conscientização ambiental e da inclusão na ciência.
O Dia Internacional da Biodiversidade, comemorado anualmente em 22 de maio, foi proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1993. A data tem como objetivo aumentar a compreensão pública sobre a importância da biodiversidade e os desafios que o mundo enfrenta para protegê-la. Em um momento em que a perda de espécies e ecossistemas está acelerada, essa data se torna uma ferramenta vital para promover ações em prol da preservação ambiental.
A criação do Dia Internacional da Biodiversidade está ligada à assinatura da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), adotada na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Rio-92. A CDB estabelece o compromisso global para proteger a biodiversidade, visando não só a conservação das espécies, mas também o uso sustentável dos recursos naturais e a repartição justa dos benefícios derivados do uso da biodiversidade. Ao longo dos anos, a data se tornou um símbolo de conscientização e mobilização de indivíduos, organizações e governos.

(Fonte: Marcelo Casals Jr./ Agência Brasil. Reprodução)
Para 2025, a data ganhará uma relevância ainda maior, com a Agenda 2030 da ONU em foco. A biodiversidade será tratada de maneira mais intensa nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente no ODS 15, que busca proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres. Atualizações para 2025 podem incluir um maior engajamento da sociedade civil e de novos atores globais, considerando a intensificação das crises climáticas e a necessidade urgente de soluções inclusivas.
Conscientização e igualdade
A importância do Dia Internacional da Biodiversidade vai além da proteção ambiental. Em um mundo globalizado e interconectado, a conscientização sobre a biodiversidade se reflete diretamente nas práticas do dia a dia, desde a preservação de habitats naturais até a proteção de culturas indígenas, que muitas vezes mantêm um vínculo profundo com a natureza. Além disso, as políticas públicas de preservação e conservação ganham visibilidade, o que fortalece as ações de proteção e incentiva uma mudança significativa no comportamento humano.
“Atualizações para 2025 podem incluir um maior engajamento da sociedade civil e de novos atores globais, considerando a intensificação das crises climáticas e a necessidade urgente de soluções inclusivas.”
No entanto, o combate à desigualdade também é uma das frentes importantes deste dia. A perda de biodiversidade afeta de maneira desproporcional as comunidades mais vulneráveis, como populações indígenas e locais de baixa renda, que dependem diretamente dos recursos naturais para sua sobrevivência. Ao enfrentar esses desafios, a comunidade global reconhece a necessidade de políticas que integrem a justiça social com a preservação ambiental, criando soluções mais equitativas e sustentáveis para todos.
O combate à desigualdade e o fortalecimento da diversidade não são apenas questões sociais e econômicas, mas também científicas. A diversidade biológica e cultural contribui para o avanço das ciências, com a riqueza de informações vindas das tradições locais e do estudo das diferentes formas de vida ao redor do mundo. É essencial que a ciência valorize essas diversidades, promovendo uma abordagem mais inclusiva que permita o avanço do conhecimento de forma plural e colaborativa.

(Fonte: Days Edge Productions/ WWF. Reprodução)
Diversidade na ciência
A importância da diversidade na ciência também se estende à própria composição da comunidade científica. A promoção de um ambiente científico mais inclusivo, que valorize as contribuições de cientistas de diferentes origens, é crucial para avançarmos na pesquisa em biodiversidade. A presença de diferentes perspectivas e vivências fortalece a compreensão de questões complexas, permitindo soluções inovadoras para a preservação dos ecossistemas.
“A conscientização sobre a biodiversidade se reflete diretamente nas práticas do dia a dia, desde a preservação de habitats naturais até a proteção de culturas indígenas, que muitas vezes mantêm um vínculo profundo com a natureza.”
É fundamental lembrar que a diversidade, tanto biológica quanto cultural, é a chave para um futuro sustentável. A união de esforços entre governos, cientistas, comunidades locais e a sociedade civil pode garantir que os ecossistemas naturais sejam protegidos para as futuras gerações.