O comportamento do público desde o início da pandemia de covid-19 demonstrou a importância de uma boa comunicação entre cientistas e a população. Se por um lado uma comunicação efetiva reforçou a confiança e contribuiu para aumentar os índices de imunização, por outro a comunicação ineficaz levou a uma fraca aceitação das medidas que poderiam ter salvado vidas.
Isso foi comprovado por um estudo publicado na revista BMJ Open, que demonstrou que a confiança na ciência teve grande impacto na decisão de se vacinar. A pesquisa, conduzida pela University of Rochester Medical Center (URMC), dos Estados Unidos, entrevistou mais de 7.400 participantes de 173 países através de plataformas de mídia social, como Facebook e Instagram. Os autores afirmaram que “A comunicação científica clara e cuidadosa é fundamental na transmissão de apoio a políticas baseadas na ciência”.
Agora, outra pesquisa veio corroborar essa tese. O estudo, publicado na revista Health Communications, constatou que para que uma campanha de vacinação seja bem-sucedida, os responsáveis precisam ser informados antecipadamente sobre os argumentos e preocupações das pessoas que se opõem a ela, a fim de ajustar a estratégia de comunicação. Os resultados mostraram que mitos, desinformação, medos e barreiras estruturais são os principais fatores determinantes para a “hesitação vacinal”.
O estudo faz parte de uma iniciativa de pesquisadores da Universidade de Ohio, da Universidade de Manizales, da Pontifícia Universidade Católica do Equador e da Universidade Central da Venezuela visando gerar dados que possam ser úteis aos governos dos três países e elaborar estratégias eficazes de comunicação. No total, a pesquisa analisou 1.173 pessoas do Equador, da Colômbia e da Venezuela. Esses países foram escolhidos por suas altas taxas de contágio per capita desde o início da pandemia. A Colômbia registra mais de seis milhões de pessoas, o Equador mais de 800.000 e a Venezuela mais de 516.000.
Hesitação vacinal
A hesitação vacinal foi considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das dez ameaças à saúde global em 2019. Isso por a vacinação ser comprovadamente uma das intervenções de saúde pública mais eficazes.
Um relatório recente do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, sobre o progresso na eliminação do sarampo estimou que 20,3 milhões de vidas foram salvas pela vacinação contra a doença entre 2000 e 2015. Sobre a covid, um estudo do Escritório Regional da OMS para a Europa e do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), publicado no Eurosurveillance, calculou que 470.000 vidas foram salvas entre pessoas com 60 anos ou mais desde o início da vacinação em 33 países em toda a região europeia.
A conclusão da agência é que a informação qualificada é fundamental para derrubar medos e mitos, e ajudar a aumentar a confiança na ciência e na vacinação e assim garantir a saúde da população.
Redação – Blog Ciência & Cultura
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