Num momento no decorrer da navegação, era lançado um corpo flutuante visível de longe, preso na extremidade de uma corda de comprimento conhecido, que era desenrolada conforme a embarcação se afastava do corpo flutuante até o desenrolamento total. O tempo para o desenrolamento total era medido com uma ampulheta. Didivindo-se o comprimento da corda que era conhecido, pelo tempo de seu desenrolamento total, sabia-se a velocidade da embarcação.
Para estimar a longitude, marcava-se na carta de marear (ou portulano), o ponto de partida. Navegando-se num determinado rumo (direção), pela contagem do tempo, também com uma ampulheta, podia-se estimar a distância percorrida até um ponto final. No mapa, onde já estava marcado o ponto inicial, levando-se em conta a distância percorrida e a direção, marcava-se o ponto de chegada. Em seguida, podia-se estimar a longitude em relação ao ponto inicial. Em inglês esse método é chamado dead reckoning que é a estimação da longitude pela distância percorrida. A estimação, claro, era afetada de erros pela inconstância dos ventos, das correntes marítimas, do rumo da embarcação etc.
Além disso, a superfície oceânica é esférica, enquanto que os mapas são representações planas. Para distâncias pequenas, os erros são desprezíveis, mas não para distâncias grandes, digamos, de milhares de milhas náuticas. Então, para manter correspondência entre um ponto real na superfície do globo e um ponto num mapa, a esfericidade do Planeta já não podia ser ignorada. Isso passou a requerer o uso da geometria esférica, em vez da plana, e técnicas de projeção, como a famosa projeção de Mercator.