Passadas as primeiras décadas do século 16, começaram a ocorrer viagens de reconhecimento por exploradores espanhois indo mais ao sul do que a ilha de Santa Catarina. Vários espanhois passaram pela costa oriental do Brasil rumo ao rio da Prata: Diogo Garcia em 1527, Gonzalo Mendoza em 1535, o lendário explorador Álvar Núñez Cabeza de Vaca (1490-1559) em 1541, enviado pelo rei da Espanha para assumir o governo do Rio da Prata e Ortiz de Zárate em 1572.[1] Vindo para a ilha de Santa Catarina, Cabeza de Vaca seguiu a pé para Assunção, guiado pelos índios Carijó dessa ilha, que conheciam as trilhas indígenas. Antes de Cabeza de Vaca, o português Aleixo Garcia, ao sobreviver de um naufrágio junto à ilha de Santa Catarina, tendo ouvido um português falar das riquezas do Peru, decidiu se aventurar atrás delas. Arregimentou na ilha em 1524 dois mil índios Carijó com os quais chegou à Bolívia, mas foi atacado na volta pelos índios e morreu em 1525. O caminho percorrido por essa expedição é chamado Peabiru, que tem uma aura mítica. Esse caminho do Peru a Santa Catarina, não é propriamente uma via transcontinental, mas uma malha complexa de trilhas indígenas interligadas.
Aleixo Garcia acabou se tornando o primeiro europeu a contatar o Império Inca. Quando naufragou perto da ilha de Santa Catarina, Garcia estava voltando para a Espanha depois do equívoco fatal do navegador e explorador Juan Díaz de Solís, de achar que a foz do Prata fosse uma passagem para o Pacífico, que ele procurava a pedido do rei da Espanha. Garcia estava com Solís na expedição que foi atacada pelos índios quando explorava o rio da Prata.