O trabalho de Soares e Capassi no Brasil, concluído em 1748, ganhou o nome Novo Atlas da América Portuguesa, um conjunto de 31 mapas cobrindo toda a costa sul e sudeste até Cabo Frio, no litoral do Rio de Janeiro, e boa parte do interior, além de relatos e roteiros de sertanistas. Um dos mapas, a Carta 9ª da costa do Brazil desde a barra de Santos até a da Marambaya, elaborado por volta de 1737, representa pela primeira vez, a rede urbana, fluvial e viária do planalto paulista e suas articulações com o litoral.
O Novo Atlas ficou centrado nas regiões sul, sudeste e sudoeste do território colonial. O projeto de construir o Atlas que abarcasse todo o território da América Portuguesa não saiu como pretendido por não ter-se concluído o estabelecimento dos limites entre as capitanias e os bispados do Brasil e do Estado do Maranhão, como previsto no decreto de D. João V.
O Novo Atlas foi usado na elaboração do Mapa das Cortes (ver adiante). Também encontrou lugar privilegiado nas negociações das fronteiras das colônias sul-americanas em meados do século XVIII, quando dos tratados de Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777).