Movido por um Iluminismo anticlerical raivoso, em 1759 Pombal promoveu a expulsão desses missionários de todos os territórios portugueses. Motivo: conspiração contra a Coroa. Seguindo esse exemplo, Carlos III da Espanha também expulsou os jesuítas de todas as terras espanholas em 1767.
Com a expulsão em Portugal, foi fechado em Lisboa o Colégio de Santo Antão, a instituição formadora dos missionários na Matemática e Astronomia. Um ano antes da expulsão, em 1758 foi publicado “O Planetario Lusitano”,[1] as primeiras efemérides portuguesas de autoria do jesuíta Eusebio da Veiga (1718-1798), último mestre das Aulas da Esfera em Santo Antão. Só trinta anos mais tarde a Academia Real de Ciências de Lisboa organizou uma comissão para a publicação das “Efemerides Nauticas”. Os instrumentos astronômicos de Santo Antão, salvos no terremoto de Lisboa de 1755 foram entregues ao Colégio dos Nobres, fundado em 1761. Esse colégio fez parte do projeto pombalino. Era para a educação de fidalgos pretendentes à carreira militar e, portanto, precisavam de formação científica. Mas esse projeto também não teve sucesso e foi efêmero.
No Brasil, a expulsão desarticulou a educação brasileira, pois o sistema substitutivo das “Aulas Régias” que Pombal havia concebido não funcionou. As reduções jesuíticas entraram em declínio, até que desapareceram. No século 19 houve a repovoação das áreas dos Sete Povos com imigrantes alemães, italianos e poloneses.