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Dia Mundial da Água: 46% da população global vive sem acesso a saneamento básico

Estudo da Unesco alerta que mais de um quarto das pessoas em todo o mundo sofrem com a falta de água potável

 

Em um planeta com oito bilhões de habitantes, 26% da população global não tem acesso à água potável, ou dois bilhões de pessoas. Cerca de 46% dos habitantes do planeta não possuem serviços de saneamento seguros, o equivalente a 3,6 bilhões. Os números são do novo relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), lançado no Dia Mundial da Água.

O documento foi lançado nesta quarta-feira (22) durante a abertura da Conferência da ONU sobre Água, em Nova Iorque (EUA). Este ano o evento busca debater soluções para a crise de acesso e serviços de higiene, além da cooperação sobre uso e gerenciamento do recurso para evitar uma crise global.

 

Escassez

Os dados divulgados pela Unesco apontam para um cenário desafiador. Segundo o estudo, entre dois e três bilhões de pessoas sofrem com a falta de água por pelo menos um mês do ano. Esse quadro representa graves riscos para os meios de subsistência, principalmente da segurança alimentar e do acesso à eletricidade.

Dados da ONU apontam que uma em cada quatro pessoas carece de água potável gerenciada com segurança em suas casas e quase metade da população mundial vive em locais sem saneamento adequadamente administrado.

O levantamento também alerta que a população urbana global que enfrenta a escassez de água está projetada para dobrar. Em 2016, eram 930 milhões de pessoas sofrendo com a falta de água. O número deve ficar entre 1,7 e 2,4 bilhões até em 2050.

 

Mudanças climáticas

Segundo os especialistas, a crescente incidência de secas prolongadas também está estressando os ecossistemas, com consequências terríveis tanto para espécies vegetais e animais.

Serviços ambientais, como controle de poluição e biodiversidade, estão entre as recomendações destacadas no relatório, ao lado de oportunidades de compartilhamento de dados e cofinanciamento.

O estudo cita a criação de “fundos de água”, formas de financiamento que trazem usuários, como cidades, empresas e serviços públicos, para investir coletivamente na proteção do habitat à gestão de terras agrícolas para melhorar a qualidade e quantidade da água.

A Conferência da Água da ONU, que vai até dia 24 de março, cobrirá uma série de questões relacionadas à água, incluindo um aumento de enchentes, secas, rios secos e outras mudanças extremas nos recursos hídricos ligadas à mudança climática.

Com dados da ONU News

 

Capa: Imagem por jcomp| Freepik.com
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