Universidades tiveram papel central no enfrentamento da pandemia da covid-19 e na defesa da ciência e da democracia
As universidades ficaram na linha de frente no combate da pandemia da covid-19. Em um contexto de desorganização sistêmica por parte do governo, elas cumpriram sua missão de gerar conhecimento e servir à sociedade, fornecendo atendimento na área de saúde, aconselhamento jurídico, soluções tecnológicas, sessões de terapia, informações necessárias e outros serviços para a população.
“A universidade gera recursos humanos para você produzir soluções para o país. A universidade viu que tem que agir não só pelo índice H de produtividade, mas com interesse público e voltada para a solução de problemas”, afirma Paulo Saldiva, médico patologista e professor da Faculdade de Medicina da USP.
Hoje, em um período em que as medidas preventivas da pandemia começam a relaxar e o clima é de “o pior já passou”, fica claro o papel estratégico das universidades e seus profissionais e estudantes nessa jornada. Porém, o cenário de ataques sistemáticos à ciência, à pesquisa e à própria democracia ainda se mantém como um grande obstáculo a ser enfrentado – e a universidade permanece como um importante espaço de resistência.
“Foi a tempestade perfeita. Mas a importância do diálogo com a comunidade, as soluções que apareceram na ausência total de políticas, e a vontade de fazer o certo deu forças para que a universidade sobrevivesse e resistisse”, aponta Saldiva.
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