Fórum Permanente sobre Questões Indígenas ressalta impactos e violências contra indígenas no mundo e o impacto do empobrecimento, perda de terras e da crise climática
É preciso valorizar a experiência da população indígena na preservação do meio ambiente e na garantia da segurança alimentar. Isso foi o que ressaltou António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na abertura do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas de 2023.
Os povos indígenas representam mais de cinco mil culturas e quatro mil línguas diferentes. Porém, grande parte dessas culturas está perdendo “suas terras, seus direitos e seus recursos”, segundo o secretário-geral.
Apesar dos povos indígenas serem apenas 5% da população mundial, representam 15% dentre os mais pobres. Eles sofrem com discriminação que contribui para perpetuar as desigualdades. A marginalização, a negação dos direitos humanos, a exploração ilegal de recursos naturais e a desapropriação de terras ancestrais são alguns dos muitos problemas que povos indígenas de várias regiões têm que enfrentar.
Por outro lado, Guterres alertou que embora não tenham feito nada para gerar a crise do clima, estes povos estão na linha de frente das emergências que decorrem dela. Segundo o secretário-geral, os povos indígenas detêm muitas das soluções para a crise climática e são os “guardiões da biodiversidade”.
Dentre eles, técnicas ancestrais de cultivo no Sahel que estão trazendo vida para a região semiárida. Guterres também atribuiu aos povos indígenas formas de agricultura que preservam ecossistemas na Amazônia e previnem desastres nos Himalaias. Os maiores e piores impactos ocorrem nessas comunidades. Como consequência, os meios de vida são destruídos e a sobrevivência é ameaçada.
O Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas é um órgão consultivo de alto nível do Conselho Econômico e Social. Foi criado em 2000 com o mandato de tratar das questões indígenas relacionadas ao desenvolvimento econômico e social, cultura, meio ambiente, educação, saúde e direitos humanos.
Com informações da ONU
