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Novo Plano Nacional de Pós-Graduação no Brasil terá foco na redução de desigualdades

Em reunião de pró-reitores do Sudeste, Capes afirma que PNPG vai olhar para interiorização e questões regionais, raciais e de gênero

 

O Brasil está se preparando para lançar um novo Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) até o final deste ano, que definirá estratégias e metas para políticas de pós-graduação, pesquisa e formação de pessoal nos próximos cinco anos. Para entender mais sobre o processo de elaboração e as prioridades deste plano, a Agência Brasil teve uma conversa exclusiva com Mercedes Bustamante, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

De acordo com Mercedes Bustamante, o novo plano enfatizará políticas e ações voltadas para a redução das desigualdades, a formação de professores e a melhoria da relação entre a pós-graduação e as necessidades da sociedade. Atualmente, o documento está em fase de discussão interna em grupos de trabalho, e estão previstas oficinas regionais em parceria com fundações de pesquisa estaduais, bem como uma consulta pública. Após essas etapas, o plano deverá ser aprovado pelo Conselho Superior da Capes, com expectativa de entrada em vigor em janeiro de 2024.

Além disso, o novo PNPG também servirá como orientação para o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas para toda a educação no país por uma década. O atual PNE se encerra em 2024, e uma nova legislação deverá ser aprovada.

Um dos objetivos atuais para a pós-graduação é aumentar o número de mestres e doutores no país, com uma meta de 60 mil mestres e 25 mil doutores. A presidente Bustamante destacou o papel da Capes na redução das disparidades entre os cursos de pós-graduação, enfatizando a importância de manter a diversidade sem acentuar as desigualdades.

Quanto às bolsas de estudo, Mercedes Bustamante mencionou o recente aumento e esclareceu que não há previsão para novos reajustes, uma vez que isso depende do processo legislativo de orçamento anual. Atualmente, a Capes financia mais de 50 mil bolsas de doutorado, 44 mil de mestrado e 3.500 de pós-doutorado no Brasil.

No âmbito da reunião do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop) da Regional Sudeste, Mercedes Bustamante enfatizou que o novo PNPG terá como foco a redução das desigualdades, abrangendo questões regionais, étnico-raciais e de gênero. A interiorização da pós-graduação e o entendimento das assimetrias nas áreas do conhecimento também são pontos-chave do novo plano.

Com a vigência prevista para 2024 a 2028, o novo PNPG está atualmente em construção, com oficinas estaduais realizadas em setembro em colaboração com fundações estaduais de pesquisa para obter contribuições da sociedade. Em outubro, será aberta uma consulta pública para a participação de todos. O plano finalizado será submetido à aprovação do Conselho Superior da Capes e também fará parte do Plano Nacional de Educação para a próxima década.

Com informações da Capes

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