Dia Mundial da Saúde Mental convida a refletir sobre o problema e garantir direitos
Uma em cada oito pessoas em todo o mundo tem questões de saúde mental, sendo as mulheres e os jovens desproporcionalmente impactados, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, a situação não é diferente, com um alto número de pessoas afetadas por questões de saúde mental. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que mais de 30% da população brasileira sofra com algum tipo de transtorno mental durante suas vidas, tornando o Brasil um dos países mais afetados por esse problema na América Latina. O Dia Mundial da Saúde Mental, comemorado em 10 de outubro, destaca a importância de abordar as questões relacionadas à saúde mental, e de garantir o direito das pessoas que sofrem com eles.
Entre as doenças mentais mais comuns estão a depressão, a ansiedade, o transtorno bipolar e a esquizofrenia. Esses distúrbios podem afetar pessoas de todas as idades, mas é importante destacar que jovens e adolescentes estão cada vez mais vulneráveis, sendo um grupo de alto risco. Além disso, minorias étnicas, LGBTQ+ e indivíduos de baixa renda frequentemente enfrentam desafios adicionais no que diz respeito ao acesso a tratamentos e apoio.
A atenção à saúde mental é crucial, uma vez que esses distúrbios podem ter sérias consequências para a qualidade de vida das pessoas afetadas. Eles não apenas causam sofrimento emocional, mas também podem levar a problemas físicos, como doenças cardíacas, diabetes e obesidade. Além disso, o impacto nas relações familiares e sociais é significativo.
Para melhorar a atenção à saúde mental como um problema de saúde pública, é essencial investir em educação e conscientização para reduzir o estigma em torno das doenças mentais. Além disso, é necessário aumentar o acesso a serviços de saúde mental de qualidade, incluindo terapias e medicamentos. O suporte comunitário e as redes de apoio desempenham um papel vital na recuperação de pessoas com distúrbios mentais.
Acesso ao cuidado
Para a ONU, a data é uma oportunidade para debater o tema, aumentar o conhecimento e a sensibilização, bem como impulsionar ações que promovam e protejam a saúde mental de todos como um direito humano básico. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS), e o Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas divulgaram uma orientação conjunta sobre saúde mental, direitos humanos e legislação.
O guia “Saúde mental, direitos humanos e legislação: orientação e prática” busca apoiar os países na reforma da legislação para acabar com os abusos e aumentar o acesso a cuidados de saúde mental de qualidade. As recomendações incluem o respeito pela dignidade das pessoas e capacitação para levarem uma vida plena e saudável. A ambição também deve ser transformar os serviços de saúde mental, que precisam adotar uma abordagem baseada nos direitos.
Com informações da ONU News