Iniciativa inclui 36 laboratórios em 21 países, entre eles a Fundação Oswaldo Cruz, no Brasil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na semana passada o lançamento da CoViNet, uma nova rede destinada a coordenar e facilitar esforços globais para monitorar o coronavírus e suas variantes. Esta iniciativa busca fortalecer as capacidades de detecção precoce, monitoramento e avaliação dos vírus responsáveis pela Covid-19, Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e outros coronavírus de importância para a saúde pública.
Inicialmente estabelecida durante os primeiros dias da pandemia, a rede de laboratórios de referência Covid-19 da OMS, focada principalmente no Sars-CoV-2, expande agora seu escopo para abordar uma gama mais ampla de coronavírus, incluindo o Mers-CoV e potenciais novos coronavírus.
A CoViNet é uma rede global composta por 36 laboratórios em 21 países, abrangendo todas as seis regiões da OMS. Entre os participantes está a renomada Fundação Oswaldo Cruz, representando o Brasil nessa importante iniciativa. Representantes dos centros de pesquisa se reuniram recentemente em Genebra nos dias 26 e 27 de março para finalizar o plano de ação da rede para os anos de 2024 e 2025. O objetivo principal é garantir que os Estados-membros da OMS estejam mais bem preparados para a detecção precoce, avaliação de risco e resposta aos desafios de saúde relacionados aos coronavírus.
Durante o encontro da CoViNet, especialistas globais em saúde humana, animal e ambiental uniram forças, adotando uma abordagem abrangente para monitorar e avaliar a evolução e disseminação desses patógenos. Esta colaboração regional destaca a importância crucial de uma maior vigilância, capacidade laboratorial, sequenciamento genômico e integração de dados para orientar as políticas da OMS e apoiar a tomada de decisões.
Os dados gerados por meio dos esforços da CoViNet serão fundamentais para guiar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral e Composição de Vacinas da OMS, garantindo que as políticas e ferramentas globais de saúde sejam baseadas nas informações científicas mais recentes.
Essa iniciativa representa um passo significativo no esforço global para entender e combater os desafios apresentados pelos coronavírus.
Com informações de ONU News